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Glossário Financeiro – Saiba a definição dos principais termos do mercado financeiro

julho de 2018


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8 min



O mercado financeiro possui muitos termos . É muito comum que as pessoas que não trabalham na área desconheçam seus significados. Entendê-los, porém, pode ser útil tanto em procedimentos rotineiros quanto para abrir o próprio negócio ou controlar os recursos pessoais.

Que tal utilizar, então, um glossário financeiro?

Este texto é justamente isso! Aqui você encontrará os principais termos da área com seus significados e conceitos.

Conhecendo os principais termos financeiros

Capital de giro

Provavelmente você já ouviu esse termo em algum lugar. Isso porque o capital de giro, ou capital de trabalho, é o recurso necessário para que a empresa arque com suas atividades, como as despesas geradas por sua produção, compra de matéria-prima, pagamento de funcionários e afins, ou seja, é uma reserva financeira que faz com que garante o giro da empresa.
Planejar corretamente o uso de seu capital de giro possibilita, inclusive, o oferecimento de pagamentos a prazo para seus clientes.
A rotatividade deste recurso é bastante alta. Portanto, recomenda-se a reposição sempre que o capital de giro for utilizado. Saber administrá-lo evita inúmeros problemas, inclusive a falência de uma empresa. Segundo o Portal Sebrae, você pode definir a necessidade de seu capital de giro a partir da diferença entre o montante de recursos aplicados e o total de recursos que sua empresa consegue para financiar seu capital de giro.
Não sabe o que isso significa? Fique tranquilo, como já dissemos anteriormente, a função de um glossário financeiro é justamente esclarecer essas dúvidas. Veja abaixo o que significa cada item:
• Aplicação em capital de giro: São as contas a receber de seus clientes e os estoques de sua empresa, tanto de mercadorias quanto de matéria-prima.
• Financiamento de capital de giro: São os valores pagos aos fornecedores das matérias-primas e mercadorias, os impostos a pagar e as despesas comuns, como contas de água, luz, salários de funcionários etc.
Para calcular seu capital, basta utilizar a seguinte equação: CG = AC – PC
Sendo AC o seu ativo circulante, ou seja, dinheiro em caixa e conta, movimentação bancária, aplicações financeiras, contas a receber etc.; PC é o passivo circulante, no caso, contas a pagar, dívidas com fornecedores, empréstimos bancários com vencimentos dentro de 360 dias a partir da data de cálculo etc.

É fundamental saber planejar corretamente o uso do capital de giro para manter a saúde financeira da empresa.

Fluxo de caixa

Agora que você já entendeu como funciona o capital de giro, é importante conhecer também o fluxo de caixa. Você logo vai perceber que todas essas ferramentas estão interligadas. Portanto, é fundamental que não haja dúvidas.

O fluxo de caixa é o controle de todas as receitas e despesas de sua empresa. Ele pode ser feito através de uma planilha ou de alguma outra ferramenta onde seja possível registrar tudo o que é recebido e tudo o que é pago, contabilizando o saldo final. Feita a contabilização, ela mostrará o que é necessário.

Caso o saldo seja negativo, isso significará a tomada de medidas, como empréstimos e renegociação de prazos, por exemplo. Caso o saldo seja positivo, porém, recomenda-se o investimento do dinheiro para melhorias da empresa ou a aplicação no mercado financeiro. Lembre-se de que é importante repor o dinheiro gasto de seu capital sempre que possível.

O fluxo de caixa pode ser feito semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, dependerá do gestor da área. A partir do estudo de seus resultados são definidas estratégias financeiras, como o pagamento e recebimento de contas, prazos dados a clientes e o cumprimento de obrigações com fornecedores e outros provedores de serviços.

Seu cálculo pode ser feito contando as informações abaixo.
1 – Saldo inicial
2 – Receitas/Entradas
3 – Despesas/Saídas
4 – Saldo final

Inflação

Este termo com certeza é conhecido (e temido) pela maioria das pessoas. Constantemente citada na mídia, a inflação está sempre em foco quando o assunto é crise financeira. Afinal, você sabe de fato o que é a inflação?

A inflação representa o poder de compra de determinada moeda ao longo do tempo. Por isso, as variações de preços são medidas durante todo o ano, identificando oscilações, bem como momentos de valorização ou desvalorização do dinheiro. O responsável pela pesquisa dos preços que formam o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o IBGE.

Uma inflação positiva, na verdade, não é algo bom, pois representa o aumento de preços em relação à pesquisa anterior, ou seja, as pessoas perderam poder de compra. Isso significa que, com o mesmo valor utilizado no último levantamento, o consumidor consegue comprar menos.
É importante ressaltar que há dois tipos de inflação, a de demanda e a de custos, gerados por diferentes situações. A primeira ocorre quando há alguma divergência entre a oferta e o consumo de uma mercadoria; já a segunda aparece devido ao aumento dos custos de produção.

Mora

Caso uma empresa tenha problemas com seu fluxo de caixa e com seu capital de giro, pode ser que ela precise pagar algumas contas em atraso, gerando, então dívidas. Dentro do glossário financeiro, a mora equivale aos encargos cobrados pelas instituições financeiras que receberão os pagamentos com atrasos.
A taxa correspondente a esse valor variará de instituição para instituição, portanto não há um valor padrão para este encargo. Sabendo disso, a melhor maneira de evitar o pagamento de mora é controlar seus recursos financeiros e planejar seus gastos, o que permite o pagamento de suas contas em dia.

Taxa referencial

A taxa referencial é calculada pelo Banco Central com base nos Certificados de Depósitos Bancários (CDB) e mostra a referência de rendimento de investimentos no país. Ela pode ajudar caso você deseje investir seu dinheiro e não saiba qual é a melhor maneira de fazer isso.
É possível consultar a taxa no momento do investimento, quando será feita também uma análise de cenários para que a melhor decisão seja tomada.

Selic

A Selic é a sigla referente ao Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Trata-se de uma taxa de financiamento interbancária para operações de um dia. Pode ser considerada uma taxa de juros, aparecendo em títulos públicos federais, listados e negociados a partir desse sistema. Essa taxa também é conhecida como taxa básica de juros, pois é utilizada como referência para cálculo de outras operações.

A Selic pode ser considerada uma taxa de juros, aparecendo em títulos públicos federais.

Orçamento familiar

Caso você busque uma opção para gerenciar melhor suas finanças pessoais, este item é o que mais pode te ajudar. Considerado uma das principais ferramentas de gerenciamento desse tipo, o orçamento familiar permite conhecer o comportamento financeiro de uma família, possibilitando, ainda, que alterações sejam feitas, caso necessário.
Para que o orçamento seja eficaz, todas as pessoas da família devem participar, ajudando com as entradas e saídas de dinheiro, bem como sua utilização e o destino que seus recursos terão.

Reserva financeira

Novamente vemos um termo bastante conhecido em nosso glossário financeiro. Também conhecida como fundo de emergência, a reserva financeira é uma quantia guardada para imprevistos. Nunca se sabe quando você precisará consertar seu carro, gastar com medicamentos. No caso de uma demissão, é sempre bom estar precavido.
Não há uma quantia indicada para essa reserva, pois ela dependerá muito da situação financeira de quem a faz, no caso os ganhos e hábitos financeiros. O ideal, porém, é que seu fundo tenha o equivalente a seis meses de sua remuneração, garantindo suas despesas básicas durante esse tempo caso seja necessário. Para construir seu fundo emergencial, basta começar a poupar uma parcela de seus ganhos mensais. Comprometa-se consigo mesmo e não tenha surpresas indesejadas.

Fundo de investimento

Considera-se investimento tudo aquilo que é desembolsado visando a ganhos futuros ou à recuperação do que foi gasto. Não necessariamente está relacionado apenas a dinheiro, pois dedicar seu tempo a algo também é uma forma de investir. Isto posto, neste tópico explicaremos o que é, então, um fundo de investimento.
Um fundo de investimento é um investimento coletivo, ou seja, diferentes pessoas aplicam seu dinheiro visando a diversas áreas que normalmente requerem um valor muito mais alto quando se conta com um único investidor.
O grupo deposita uma quantia comprando cotas, tornando-se, então, cotistas. Alguns exemplos de fundos são os Fundos de Investimento em Ações, Fundos de Investimento em Renda Fixa, Fundo de Investimento Multimercados e muito outros.

Rentabilidade

Agora que você entendeu como funcionam os investimentos, é hora de entender o que eles geram. A rentabilidade é o resultado obtido com uma aplicação ou investimento realizado, sendo um dos principais pontos a serem considerados na hora de decidir onde seu dinheiro será aplicado. Investimentos que apresentam grandes riscos podem, também, apresentar grandes rendimentos.

Perfil do Investidor

Decidir qual investimento será feito com seu dinheiro envolve muitas coisas, uma delas, por exemplo, é a definição de seu perfil de investidor. Sim, é isso mesmo! Cada investidor possui um perfil diferente que poderá norteá-lo no momento da aplicação. Ele pode ser definido a partir de seu estilo em relação aos investimentos disponíveis e os riscos que eles oferecem. Qual risco você está disposto a correr para lucrar?
Veja abaixo os perfis existentes e suas definições:
• Conservadores: Costumam ter aversão a grandes riscos, por isso preferem investimentos mais seguros, como os de renda fixa.
• Moderados: Quem se encaixa nesse perfil tem uma tolerância maior aos riscos, portanto aceitam correr riscos maiores em suas aplicações.
• Agressivos: Não se assuste com o nome, aliás, caso prefira, pode chamar este perfil de “Arrojados”. Ele descreve pessoas que buscam investimentos com grandes riscos, desde que eles entreguem grande rentabilidade.

Empréstimo

Talvez seja o termo mais conhecido dentro do nosso glossário e é um dos mais simples também. Um empréstimo é uma quantia de dinheiro emprestada por um banco a uma pessoa ou empresa. Quando adquirido, passa a ser uma dívida, normalmente paga em parcelas às quais são acrescidas juros e taxas que variam de acordo com o tipo de empréstimo e da instituição financeira responsável.

Cheque especial

O cheque especial é uma modalidade de empréstimo utilizada como recurso emergencial, seu valor costuma ficar disponível na conta do cliente, podendo ser utilizado sempre que necessário. O recurso é muito bom, mas é necessário estar atento às taxas de juros que sua utilização acarreta. No Brasil, por exemplo, é comum que a taxa fique sempre em três dígitos.

Hipoteca

A hipoteca é algo que está obsoleta no Brasil há quatro anos, porém, mesmo assim, vamos explicá-la pois é algo importante. Trata-se, basicamente, da garantia de que empréstimos e financiamentos serão pagos. Para isso, um bem é ofertado à instituição financeira, sendo normalmente um imóvel. Caso o devedor não arque com suas dívidas, o bem hipotecado será tomado pelo credor.
Em nosso país, esse modelo tornou-se ultrapassado por conta da burocracia que a tomada do imóvel, quando necessário, envolvia. As empresas credoras normalmente tinham prejuízos e não conseguiam recuperar o que creditaram.

Leasing

O leasing pode ser traduzido para operação de arrecadamento mercantil, sendo também uma opção de financiamento. Nele, a instituição financeira que empresta o dinheiro vira a detentora do bem adquirido, ou seja, caso ele seja contratado para a compra de uma casa, a casa estará em nome do banco até que todo o valor do empréstimo seja pago.
Isso não quer dizer que o contratante do leasing não poderá utilizar o bem adquirido, pois isso é apenas uma forma de garantir que a dívida será paga corretamente.

Poupança

O último termo de nosso glossário financeiro também é bastante conhecido. A palavra, em si, remete ao ato de poupar, ou seja, guardar recursos. Isso pode ser feito mensalmente com uma parcela de seu salário, por exemplo. Novamente, a importância de investir o que é poupado é ressaltada, já que assim serão gerados rendimentos a partir do que foi poupado.
O mais comum entre os brasileiros é, na verdade, a Caderneta de Poupança, que possui taxas atualizadas ao longo dos anos e oferece pequenos rendimentos. É uma opção comum entre as classe mais baixas e investidores conservadores.
Esses foram todos os termos e explicações de nosso glossário. É importante lembrar que nesse mercado há muitos outros vocábulos importantes. Aqui, porém, foram selecionados os principais. Este texto serve, portanto, como uma orientação para pessoas que não têm nenhuma informação sobre o assunto.

Caso ainda reste alguma dúvida, você pode compartilhá-la conosco nos comentários. Agradecemos sua visita e esperamos você no próximo post!



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