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Minerar criptomoedas: saiba o que é e se vale a pena

novembro de 2018


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6 min



Neste artigo você entenderá como minerar criptomoedas, mas, antes disso, é importante abordar rapidamente o conceito deste tipo de moeda, que tanto é discutido ultimamente. A criptomoeda é uma espécie de moeda virtual, na qual utiliza-se a tecnologia blockchain e criptografia para manter a integridade e segurança das transações.

No mercado, há diversas opções de criptomoedas disponíveis para mineração. A Bitcoin foi a primeira lançada no mercado e, depois dela, surgiram outras tais como Ethereum, Litecoin, Monero, Ripple, Zcash, Dash e Neo.

Apesar de ser um tema que está muito presente na mídia, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como funciona o processo de mineração. Na verdade, muitos nem sabem da existência deste procedimento tão fundamental para as transações.

Diante disso, acompanhe os próximos tópicos para entender melhor este assunto.

O que é a mineração?

A tecnologia blockchain é uma base de dados que armazena as transações com criptomoedas de forma criptografada.

Quando se ouve falar em mineração de criptomoedas, logo se pensa estar relacionada ao processo de localizar e reunir moedas. Contudo, o conceito é bem diferente e quer dizer validação e processo de transações.

Para a Bitcoin, por exemplo, a validação e o registro dos processos ocorre através da tecnologia blockchain, onde cada bloco é ligado ao outro pelo código hash, formando, então, uma corrente. Os responsáveis por formar essa corrente de blocos, com garantia de segurança, são os mineradores.

Não é um trabalho muito fácil de ser realizado. Além de ser complexo, há um certo custo para o seu desenvolvimento. Todavia, esse processo é necessário para evitar que cybercriminosos atuem para gerar um bloco falso ou que alterem um já existente.

Uma blockchain pode ser definida como uma lista de registros que são vinculados e protegidos por criptografia. Esta é utilizada para que malfeitores não consigam decifrar os dados contidos nas transações, caso sejam roubados. Cada bloco possui um código, para ligá-lo ao bloco anterior, bem como os logs de data e hora em que as transações foram realizadas.

Cada operação é registrada de forma cronológica e linear na blockchain, onde a confirmação depende da aprovação de todos os nós para evitar fraudes no sistema.

É importante ressaltar que é através da mineração que novas moedas são colocadas para circulação. E, sempre que um minerador encontra um bloco válido, ele é recompensado com certa quantidade de bitcoins.

Como funciona?

O processo de mineração pode variar de um tipo de criptomoeda para outra.

Para a mineração de criptomoedas é necessária a atuação de um minerador especializado. Eles são os responsáveis por montar a blockchain de forma segura e estável. O processo de mineração pode variar de uma criptomoeda para outra, já que cada uma possui um sistema específico para a construção dos blocos.

No caso do Bitcoin, que ainda é a criptomoeda mais valiosa, o procedimento de mineração é feito com a validação e registro das transações na blockchain. Então, cada vez que o minerador se depara com um bloco válido, ele recebe um certo valor em bitcoins como forma de pagamento.

A criptomoeda Ethereum utiliza também a tecnologia blockchain para efetivar e garantir a segurança da informação. Os algoritmos utilizados para extração da Ethereum são denominados de “prova de trabalho”, onde há o processamento de blocos de dados para entrada na blockchain.

Os algoritmos são finalizados por recursos dos próprios mineradores, tais como hardware, tempo e força. Estes são compensados com a Ether, que é a moeda da Ethereum. O lucro obtido varia, dependendo de vários fatores, como esforço gasto para o trabalho e o valor atualizado da moeda.

À vista disso, minerar significa decifrar códigos e, para isso, envolve equações matemáticas altamente complexas e um processo árduo.

Em geral, é necessário baixar e instalar um software específico no computador para iniciar o processo de mineração de criptomoedas, seja ela qual for. Após a instalação, o minerador estará fazendo parte de uma rede interligada, onde cada computador serve como um nó responsável por controlar, validar e garantir segurança nas transações.

A estrutura utilizada para comunicação é a P2P, um tipo de sistema distribuído que não depende de computador central para regular os processos. Desse modo, torna bem mais rápida a cotação e a emissão de criptomoedas.

A tecnologia Peer-to-Peer inovou ao desvincular a execução de processos em máquinas individuais de um computador central. Antes, era muito difícil depender de um servidor para controlar todas as máquinas ligadas a ele. Portanto, ao utilizar P2P, cada usuário que está conectado à rede executa as funções de cliente e servidor, ao mesmo tempo.

Quem pode minerar criptomoedas?

Assim que começou a onda de criptomoedas, qualquer pessoa poderia minerar. Mas, com o passar do tempo, o processo tornou-se mais complexo e com recompensas cada vez menores. Atualmente, são necessárias máquinas muito potentes para o processamento, que pode durar várias horas, gastando, para isso, muita energia.

Existem no mercado computadores e equipamentos específicos para esse fim. Em países como a China, por exemplo, onde a energia elétrica não possui um valor elevado, há grande quantidade de mineradores em funcionamento.

Não obstante, isso não quer dizer que um usuário comum não possa iniciar um processo de mineração, basta escolher uma ferramenta que seja segura e que garanta a validade do processo. Ou seja, qualquer um pode atuar nesse ramo.

A mineração é legal?

Ainda não há uma lei geral que regulamenta as transações realizadas com criptomoedas. Elas funcionam fora do sistema bancário, de forma descentralizada, então, por enquanto, são utilizadas da mesma forma na maioria dos países.

Alguns países autorizam o uso das moedas digitais de forma explícita, como a Alemanha e os países da América Latina, com exceção da Bolívia. Aliás, neste você poderá ter sérios problemas ao utilizar e minerar criptomoedas, devido a golpes e cyberataques. Outros países, como Arábia Saudita, não permitem o uso desse tipo de moeda.

No restante dos países da América Latina, o uso é livre por ainda não ter regras específicas para controlar o uso e mineração de moedas digitais. Desse modo, pode-se utilizar com tranquilidade, lembrando sempre de fazer o bom uso das práticas de segurança da informação.

É interessante mencionar sobre a Rússia, visto que lá a criptomoeda é legal, porém seu uso para efetivar compras não é autorizado. Neste país, somente o Rublo (moeda local) é permitido para operações de compra e venda.

O único quesito importante em relação à movimentação com esse tipo de moeda virtual é com a segurança das informações, visto que o cybercrime está diretamente ligado ao uso de criptomoedas. Contudo, basta tomar os cuidados necessários relacionados à segurança da ferramenta de mineração utilizada, bem como com as criptomoedas adquiridas.

É possível lucrar com isso?

Minerar criptomoedas pode ser um negócio bem lucrativo.

Atualmente, não é muito lucrativo investir em equipamentos para minerar bitcoins, visto que a concorrência é ampla. Existem até “fazendas” enormes, próximas às usinas hidrelétricas, especializadas em mineração de criptomoedas.

Mas isso não quer dizer que se tornou impossível o investimento em mineração. Já há mais de 100 tipos de criptomoedas disponíveis no mercado, além da bitcoin. Esta é a mais popular, por ter sido a primeira a ser lançada. Entretanto, outras surgiram e ainda podem ser mais lucrativas.

A Ethereum, por exemplo, é a segunda maior criptomoeda em uso e pode ser minerada através de um software específico, como o Minergate, e uma máquina com uma boa placa de vídeo. Além disso, a Monero também pode ser extraída apenas com a execução de um script no navegador. No entanto, por ser tão fácil, acaba sendo alvo de cybercrime.

Uma saída para atuar diante de tanta concorrência é participar de pools de mineração. Nesses espaços, um grupo de usuários se juntam para unir os computadores e, assim, ganharem força para encontrar blocos válidos. E, ao ganharem recompensas, dividem-as entre os membros do grupo.

Tudo o que se tenha a possibilidade de ser lucrativo acaba se tornando muito concorrido, então é necessário utilizar técnicas para driblar a concorrência e sair na frente, ainda mais ao se tratar do mercado financeiro. Mesmo as criptomoedas fazendo parte de um sistema descentralizado, acabam sendo alvo de muita cobiça, pois, de certo modo, ainda são muito rentáveis.

Muitas criptomoedas surgiram após o lançamento da Bitcoin, em 2009, por Satoshi Nakamoto. A segunda moeda a ser lançada foi a Monero e, desde então, o mercado não para de crescer: sempre surgem novas formas de mineração e de como lucrar em cima desse processo tão almejado.

Caso você tenha ficado curioso e venha a despertar o interesse em investir neste mercado tão competitivo, saiba que existem ferramentas de uso comum em que você pode começar a minerar. Como exemplo, há o Minergate. Para isso, basta fazer o download da aplicação e o registro para login.

Após o ambiente estar pronto, a própria ferramenta indicará a melhor moeda para que você possa minerar, baseado nas informações de sua máquina. Porém, você também pode escolher manualmente a moeda de seu interesse.

Mas, de início, a mineração não irá render muito, como a maioria das pessoas pensam. Então, você poderá desanimar. Todavia, é raro um negócio ser rentável já de início. É necessário investir tempo e ser persistente.

Após ter lido este artigo e conhecer um pouco mais sobre o processo de mineração de criptomoedas, ainda ficou alguma dúvida ou tem alguma sugestão? Deixe sua opinião nos comentários. Ela é muito importante para nós!

Além disso, continue seguindo nossas publicações para saber mais curiosidades desse ramo.

Até mais!



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