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Grana

O que é e como funciona financiamento estudantil privado?

fevereiro de 2019


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8 min



Fazer um financiamento estudantil pode ser necessário para que seja possível concluir um curso de graduação. As mensalidades das universidades particulares nem sempre cabem dentro do orçamento, mas, ainda assim, não é preciso desistir do sonho de estudar o que você gosta.

A maioria das pessoas já ouviu falar do FIES e sempre busca esse financiamento do governo como primeira opção, mas nem sempre você pode se encaixar dentro de todas as exigências e o melhor, talvez, seja apostar no financiamento privado.

A ideia é a mesma – fazer um empréstimo que você irá aplicar em seus estudos –, mudam apenas algumas regras: o tempo para pagamento e o que você precisa para ter o dinheiro liberado.

Saiba mais sobre o financiamento estudantil privado:

Financiamento estudantil privado: o que é?

O financiamento estudantil privado é uma modalidade menos conhecida, mas semelhante ao FIES
Fonte da imagem: Freepik.

Financiamento estudantil privado, também chamado de crédito universitário, é uma modalidade de empréstimo concedida pelos bancos ou financeiras aos estudantes para que possam pagar a mensalidade de um semestre de um curso de ensino superior.

A taxa de juros desse tipo de financiamento não costuma ser tão atrativa – principalmente quando comparada à do FIES – tanto que o recomendado é pesquisar bem antes de fechar negócio. Veja se o banco ou financeira tem boas opções e se não há outros empréstimos que conseguiriam resolver a mesma questão.

No momento em que se busca pelo crédito estudantil, a instituição financeira quita os valores referentes a um semestre do curso universitário. A dívida que você assume passa a ser junto ao banco, e não mais com a faculdade, com a diferença de que há mais tempo para pagar e uma taxa de juros embutida na operação.

O PraValer é outra opção para quem quer apostar no financiamento privado. A diferença é que será preciso ter um fiador, renda comprovada de 2,2 vezes mais do que o valor da mensalidade do curso e o nome limpo junto aos órgãos de proteção ao crédito. Nessa opção não há a possibilidade de financiar mais de um curso ao mesmo tempo.

Alguns bancos não trabalham com empréstimos para graduação, mas oferecem o chamado Crédito Educação Continuada, para quem tem interesse em fazer pós-graduação ou MBA.

Como funciona?

É preciso renovar o financiamento a cada semestre
Fonte da imagem: Última Vaga.

O financiamento privado funciona de forma um pouco diferente. Enquanto o FIES exige que você tenha feito o ENEM, no crédito privado primeiro você precisará ser correntista de um banco que trabalhe com esse serviço. Em seguida, é feita a contratação do empréstimo, com o intuito de pagar o primeiro semestre.

Você terá 12 meses para pagar o valor referente a seis meses de estudo, começando a pagar a primeira parcela 30 dias após o empréstimo. Se o pagamento de todas as parcelas é feito em dia e não há nada pendente, é bem provável que você receba liberação para um novo empréstimo, para pagar o segundo semestre da faculdade.

Nesse caso, as doze parcelas referentes ao segundo semestre só começam a ser pagas quando você quita o primeiro empréstimo. E, assim, a situação se repete todos os semestres até que o curso superior seja concluído. A cada semestre, um novo empréstimo é solicitado.

A grande diferença em relação a pagar a faculdade normalmente é que, ao em vez de levar quatro anos pagando a mensalidade, por exemplo, você pagará um curso de quatro anos em oito anos. E o lado bom é que você sabe exatamente o quanto terá que desembolsar até que quite toda a dívida.

As parcelas não se acumulam umas em cima das outras. O segundo empréstimo só começa a ser pago quando você termina o primeiro e o mesmo se repete com os seguintes que são solicitados. O principal é manter tudo pago em dia, para continuar tendo um bom relacionamento com o banco.

Vale comentar que o empréstimo, logo que aprovado, não cai na sua conta-corrente, mas na da universidade. O banco com o qual você fez o financiamento quita a sua dívida com a faculdade e você passa a ter uma dívida com a instituição financeira.

Menores de 18 anos podem também conseguir o empréstimo, desde que o responsável legal seja correntista do banco. Se você ainda não tem renda própria, pode fazer o financiamento com a ajuda de um responsável legal, mesmo que já seja maior de idade.

Quem pode contratar?

É preciso comprovar vínculo com a instituição de ensino para contratar o financiamento estudantil privado
Fonte da imagem: Freepik.

Qualquer pessoa que tenha vínculo com uma instituição de ensino privada pode contratar o crédito universitário. Até mesmo os menores de idade conseguem acesso ao empréstimo. O mais importante é ter vínculo com o banco que trabalha com esse serviço ou um responsável legal que tenha vínculo com a mesma instituição financeira.

É preciso comprovação de renda, mas mesmo quem ainda não tem renda própria poderá ter acesso ao financiamento. Nesse caso, apesar de maior de idade, pode contar com os pais ou responsáveis legais para conseguir o empréstimo.

Algumas características sobre quem pode contratar o financiamento estudantil privado:

  • Correntista do banco ou que tenha um responsável legal que trabalhe com essa instituição financeira;
  • Menores de 18 anos, com responsável legal;
  • Algum representante que possa comprovar rendimentos ou de um fiador;
  • Portador de Declaração de Aptidão, documento emitido pela universidade;
  • Pessoas com nome limpo junto aos órgãos de proteção ao crédito;
  • Candidatos com renda 2,2 vezes superior ao valor da mensalidade (no caso do PraValer).

Onde conseguir financiamento estudantil privado?

Você pode conseguir financiamento estudantil privado junto aos bancos que trabalham com esse tipo de serviço. A boa notícia é que não precisa se limitar apenas a isso e pode se abrir a outras opções.

Como você leu anteriormente, os juros do crédito estudantil junto aos bancos podem ter taxas não tão atrativas e, às vezes, esse parcelamento acaba ficando muito pesado para o seu bolso. Se isso acontecer, você pode contar com as fintechs, que oferecem ótimas opções de empréstimo, como a própria Rebel.

Rebel

Na Rebel, não há a opção de crédito estudantil, mas as taxas são bem mais atrativas para quem precisa de um empréstimo para pagar a faculdade. Elas variam a partir de 2,9% ao mês e você recebe o dinheiro em até um dia útil (na sua conta, não na da universidade) e tem até dois anos para quitar a dívida.

É possível conseguir emprestar até R$ 25 mil e a empresa trabalha com o chamado sistema blockchain, que torna a operação muito mais segura. Dependendo do curso que você optou por cursar, com esse valor consegue pagar mais do que um ano da graduação.

O empréstimo é feito todo on-line e você fica mais tranquilo com suas finanças, com parcelamentos que cabem no seu bolso, pensados especialmente de acordo com o seu perfil.

Para conseguir realizar o empréstimo junto a Rebel é preciso que seu CPF não esteja negativado e que você tenha renda mensal comprovada. Se você ainda não tem renda própria, pode solicitar aos seus pais ou responsáveis legais que realizem esse financiamento junto a empresa e então usar o dinheiro para o pagamento das mensalidades da faculdade.

Se interessou em obter um empréstimo junto a Rebel, com o intuito de pagar seu curso superior? Crie uma conta e conte um pouco sobre você. Serão enviadas três propostas de acordo com o seu perfil, mas com valores e prazos para pagamento diferenciados. Veja qual é mais atrativa, assine o contrato, envie seus comprovantes de renda e fique no aguardo da aprovação.

Assim que tudo estiver aprovado, o dinheiro é transferido para a sua conta e você já pode procurar sua universidade e negociar o pagamento de determinado valor.

Qual a diferença entre o FIES e o financiamento privado?

O FIES e o financiamento estudantil privado têm algumas diferenças e é importante conhecê-las
Fonte da imagem: Uniasselvi.

Apesar de o FIES ser bastante popular e comentado, muitas pessoas não sabem qual a diferença em relação ao financiamento estudantil privado. Há quem diga que ambos são iguais, inclusive porque o FIES também é feito junto a um banco, no caso, a Caixa Econômica.

Você tem dúvidas em relação aos dois tipos de empréstimo estudantil? Abaixo, você verá quais são as principais diferenças de cada financiamento:

FIES

Para tentar o FIES, é preciso ter feito o ENEM no ano anterior, sem zerar a redação e obtendo uma nota mínima para ser classificado como apto ao empréstimo (450 pontos na prova de conhecimentos). Enquanto está estudando, você paga apenas uma taxa trimestral. O pagamento da dívida junto ao governo começa apenas após você estar formado no curso superior escolhido.

Os juros são bastante baixos, de, no máximo, 3,4% ao ano, por isso o FIES é tão atrativo. Dependendo da renda per capita, é possível não pagar nada de juros, tendo apenas que quitar o valor total do curso universitário.

Vale comentar que o FIES atende apenas aos cursos presenciais. Se você pretende cursar um semipresencial ou EAD, não pode contar com esse tipo de financiamento.

As inscrições abrem a cada novo semestre e a seleção ou não do candidato leva em conta não apenas a nota do ENEM, como também sua renda per capita, o curso escolhido, a instituição de ensino e a quantidade de vagas que são disponibilizadas.

O FIES também é dividido em FIES e P-FIES. Quem tem renda de até 3 salários mínimos se encaixa na primeira modalidade, enquanto que os que ganham de 3 a 5 salários mínimos entram na segunda condição. A diferença entre o FIES e o P-FIES é que o primeiro não cobra juros, enquanto que no segundo pode haver ou não cobrança de juros.

Depois de concluído o curso, o parcelamento é descontado diretamente da folha de pagamento do estudante. Mas, e se você ainda não tiver rendimentos? Não precisa se preocupar: é cobrado apenas um valor mínimo em prestações mensais.

Financiamento privado

No financiamento privado não há exigência quanto a ter feito a prova do ENEM. Você também começar a pagar a dívida enquanto ainda está estudando. Geralmente, trinta dias depois de feito o crédito estudantil privado já é necessário pagar a primeira parcela. A taxa de juros varia de acordo com o banco que você escolheu.

Se optar por um empréstimo, as taxas também são diferenciadas e o importante, no caso do crédito privado, é sempre buscar pela melhor possibilidade. Aquela que vá se encaixar no seu orçamento e, ao mesmo tempo, não tem taxas de juros extremamente elevadas.

A boa notícia – e grande diferença em relação ao FIES – é que se você quer fazer um curso superior semipresencial ou EAD poderá usar o financiamento privado para pagar a mensalidade. Não há restrição quanto à modalidade do curso, o importante é estar matriculado em uma universidade.

Seu funcionamento varia de acordo com a instituição financeira escolhida, mas, na maioria das vezes, como você leu no tópico “como funciona”, o valor é repassado diretamente à universidade e a dívida passa a ser entre o estudante e o banco.

Principais diferenças

Resumidamente, as diferenças entre FIES e crédito estudantil privado são:

  • ENEM – FIES precisa, crédito privado não;
  • Modalidade – FIES apenas presencial, financiamento privado aceita EAD também;
  • Juros – FIES pode não cobrar juros e tem taxas mais baixas, na modalidade privada há cobrança de juros;
  • Início do pagamento – No FIES você começa a pagar sua dívida apenas depois que concluir o curso, no crédito privado você inicia o pagamento, em média, em 30 dias após o fechamento do contrato.

Como você pode ver, o financiamento estudantil privado é uma boa opção para quem precisa pagar as mensalidades da faculdade. Considere também a ideia de um empréstimo junto às fintechs. Muitas vezes, pode ser ainda mais vantajoso para você.

Agora que você já sabe como funciona o crédito estudantil privado, compartilhe esse artigo em suas redes sociais! Talvez esta também seja uma dúvida de seus amigos!



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