O primeiro ponto importante é a inovação, que surge principalmente por meio do empreendedorismo. Existe uma correlação positiva entre Taxa de Entrada de Novos Negócios (o número de novos negócios dividido pelo número de negócios já existentes) e o PIB per capita.
Para que esta inovação por meio do empreendedorismo ocorra, é preciso que o país possua uma estrutura institucional forte:
- Mercados abertos e competitivos (não necessariamente apenas “livres”);
- Habilidade de escrever e impor contratos;
- Leis fortes, especialmente em relação a direitos de propriedade;
- Mercados de capitais que funcionem bem, sejam relevantes e eficientes.
Medir a qualidade das instituições é algo muitas vezes subjetivo. Porém, para que se possa evoluir é essencial usar algum tipo de medida (“o que não pode ser medido, não pode ser melhorado”). Dois importantes relatórios realizados nesse sentido são o Corruption Indices (Transparency International) e o Doing Business Report (World Bank). Este último é muito abrangente e extremamente interessante de se ler.
Competitividade
Para que os mercados sejam competitivos, é importante que exista constante entrada e saída de empresas. Os principais inimigos dos mercados competitivos são barreiras de entrada, como subsídios governamentais; leis e excesso de burocracia; falta de direitos de propriedade; corrupção; lobby.
O mercado financeiro também desempenha um papel fundamental no aumento da competitividade e produtividade da economia. Ele é fundamental para a alocação eficiente de capital e extremamente importante para o financiamento de novas empresas ou empresas em crescimento que são eficientes. Para que haja um mercado financeiro eficiente é necessário:
- Participantes (intermediários) eficientes;
- Estabilidade macroeconômica e política;
- Fortes sistemas legais e sistemas de informação;
- Regulamentação eficaz.
O papel dos governos
Finalmente, alguns dos principais papéis dos governos são:
- Providenciar estabilidade (segurança, liberdade e direito de propriedade);
- Proteção dos direitos e redução de riscos;
- Processos judiciais eficientes e transparentes;
- Promoção de acesso a oportunidades (educação, redução de desemprego e solução de disfuncionalidades pontuais do sistema).