O que é amortização de empréstimo?
Existem diferentes sistemas para realizar a amortização de empréstimo, então é importante que você conheça todos eles caso esteja pensando em contratar um crédito junto a uma instituição financeira.
Você sabe como é formado um financiamento ou empréstimo? Uma curiosidade que talvez muitos não sabem é que ele é composto pelo valor principal, taxas de juros, saldo devedor e prestações.
O valor principal nada mais é do que a quantia que o cliente solicitou emprestado. A taxa de juros é a remuneração que o cliente paga pelos serviços prestados pela instituição financeira. O saldo devedor é a soma do valor principal com as taxas de juros. E, por fim, as prestações são o saldo devedor dividido em parcelas mensais.
Mas, afinal, o que seria a amortização? Como exemplo, podemos citar o que é feito no programa do governo para financiamento estudantil, o FIES. Nele, o aluno contrata o financiamento e, para diminuir o valor da dívida, paga trimestralmente um certo valor para que, ao iniciar o pagamento das parcelas, após um ano e meio da formatura, o valor das parcelas fique mais baixo.
Outro exemplo é quando um cliente solicita um financiamento para compra de um veículo e, se as condições financeiras permitirem, ele poderá pagar a parcela mensal e antecipar o pagamento de outras, a começar pela última. Dessa forma, consegue-se um bom desconto no montante da dívida e rapidinho o débito será quitado.
Muito boa essa opção, não é mesmo?! Continue ligado no nosso post que ainda vem mais explicações e dicas super legais.
Como funciona?
É importante entender como funciona a amortização, principalmente para quem deseja realizar um empréstimo com prestações longas, como a de imóvel ou veículo.
Caso você tenha feito esse tipo de compromisso mensal e está pensando em como vai ser demorado a quitação do débito, uma boa dica é pagar a prestação do mês e mais uma do final. Rapidinho você quitará o débito e ficará livre para adquirir um outro tipo de bem móvel ou imóvel.
Ah, e não esqueça que, se você fizer dessa forma, a parcela antecipada terá um super desconto!
Um outro ponto é entender a questão dos juros, visto que para muitas pessoas ele é o vilão da história. Mas não é bem assim, os juros são necessários, pois é a forma de as instituições se manterem e poderem continuar ajudando pessoas a realizarem sonhos.
Veja abaixo a diferença entre taxas pré e pós-fixadas.
Taxa pré-fixada
Ao falarmos em taxa pré-fixada, queremos dizer aquela que o banco decide quais serão os juros praticados. O bom é que ela não varia no decorrer do tempo. Logo, o cliente ficará mais tranquilo em saber o valor fixo das parcelas e poderá, então, fazer um compromisso que não onere seu orçamento mensal.
Taxa pós-fixada
Já na pós-fixada funciona um pouco diferente. Talvez essa cause um pouco de medo, pois o cliente nunca saberá ao certo quanto irá pagar mensalmente. O valor pode mudar todo mês, para mais ou para menos.
As taxas passam por correções monetárias de índices de mercado como, por exemplo, Taxa Referencial (TR), IPCA ou IGP-M. A atualização das parcelas é feita sempre que ocorre o fechamento do mês anterior. Somente após isso é que o cliente ficará sabendo quanto irá pagar. Meio louco isso, não?! Mas é uma das formas disponíveis no mercado e é viável para determinados tipos de negócios.
<h2>Quais são os sistemas de amortização?</h2>
E aí, quer saber qual o melhor sistema para amortizar empréstimos? Existem vários disponíveis no mercado e os mais usados são as tabelas Price e SAC.
Veja a seguir maiores detalhes sobre cada uma delas e as demais opções existentes.
Tabela SAC
No Sistema de Amortização constante (SAC), a amortização é realizada mensalmente, sendo utilizada na maioria das contratações a taxa pós-fixada. Mesmo com a variação dos valores das parcelas sendo alterada todo mês, muitas pessoas preferem esse tipo de amortização porque as taxas costumam ser menores do que na pré-fixada.
Os valores das primeiras parcelas são maiores do que as últimas, ou seja, de forma decrescente. As primeiras variam em torno de 25% a 30% do montante da dívida. Dessa forma, as taxas incidem cada vez mais em um montante menor e no final as parcelas se tornam bem menores. Essa modalidade é observada em alguns tipos de financiamentos habitacionais promovidos pelo governo.
Não se assuste em pagar uma parcela alta no início se você contratar essa modalidade de amortização, porque no final será lindo! Suas parcelas ficarão bem pequenas e você economiza uma boa grana.
Tabela Price
Na tabela Price, funciona um pouco diferente. Você devolve o valor emprestado aos poucos, diluído em parcelas mensais. Geralmente, a taxa mais adequada é a pré-fixada. Os valores das parcelas são fixos, mas a amortização é crescente, ou seja, os juros aumentam à medida que vai chegando o fim do parcelamento.
O bom é que você pode se organizar ao conhecer qual será seu compromisso mensal junto ao banco. Os juros são um pouco maiores do que na tabela SAC, mas pode ser melhor para seu planejamento.
Pagamento único
O pagamento único é voltado para aqueles clientes que têm condições de quitar o valor do empréstimo de uma só vez. Por exemplo, se você pegar R$20 mil emprestado, poderá contratar com o banco de pagar em uma única parcela ao final de determinado prazo.
Lembrando que, quando chegar a data do pagamento, o valor do empréstimo solicitado estará acrescido de juros. Então, é bom que quem deseja realizar esse tipo de amortização seja uma pessoa bem disciplinada, para juntar o dinheiro necessário para a quitação, e que tenha certeza de que terá esse valor ao final do prazo.
Será uma quantia elevada para pagamento único, então reflita bem antes de assinar esse tipo de contrato, faça as contas direitinho para evitar dores de cabeça futuras.
Sistema Americano
O sistema Americano é muito parecido com o pagamento único, a vantagem é que você paga os juros mensalmente e o valor do crédito total paga-se no último mês do prazo acordado.
Por exemplo, se o cliente pegar R$500 emprestado a uma taxa de juros de 10%, dividido em quatro meses, ele pagará R$50 nos primeiros três meses e no quarto mês pagará o valor do empréstimo sem os juros, visto que este já foi amortizado.
É uma boa opção para quem deseja pagar de uma única vez, mas sem esperar o acúmulo de taxas.
Então, antes de escolher a melhor forma de amortização, coloque na balança o lado positivo e negativo de cada uma das formas e escolha aquela que melhor se enquadra no seu bolso. Dessa forma, você evitará apertos financeiros ou que sua dívida vire uma bola de neve.
A Price é boa porque o valor das prestações é fixo e você terá um prazo maior para pagar, porém exige um bom planejamento. Ao escolher essa modalidade, tenha certeza de que terá disponível mensalmente o valor das parcelas, de forma que não falte dinheiro para as necessidades básicas.
Se você tiver perspectiva de receber um bom dinheiro logo após solicitar o financiamento, como décimo terceiro ou prêmios, opte pela SAC, visto que ficará livre de boa parte da dívida já no início. Lembre-se que nela as parcelas sofrem variações de acordo com a economia.
Escolha o pagamento único ou o sistema americano somente se você for disciplinado para juntar o dinheiro para quitá-la de uma vez após o fim do prazo. Ou se tiver certeza que receberá algum tipo de prêmio, herança ou algo do tipo.
Agora que ficou por dentro de tudo sobre como amortizar uma dívida, ainda ficou alguma dúvida? Se sim, poste aqui nos comentários, pois pode ser a de outros leitores também. Teremos prazer em responder. Sugestões também são bem-vindas! Até mais!