Imagine realizar serviços bancários sem precisar diretamente dele e de maneira muito mais simples e econômica. Isso já é possível, não apenas para contar com essas atividades, como também para prestá-las. Para isso, é necessário saber como abrir uma fintech.
Esse nada mais é do que o nome dessas companhias que prestam serviços bancários dessa natureza.
Termo inglês, fintech mescla duas palavras: financial (financeiro) e technology (tecnologia).
Geralmente, os custos, em comparação com os dos bancos, são bem mais em conta. Como o uso da Internet é de praxe nessas operações, o alcance é muito grande, além da eficácia – por usar uma avançada tecnologia, os resultados podem satisfazer até mesmo o mais exigente dos clientes.
O atendimento pode ser de forma 100% remota, pois tudo pode ser resolvido por dispositivos como computador e smartphone.
A seguir, conheça 10 etapas e tenha todas as informações sobre como abrir uma fintech. Você pode ingressar em um ramo altamente promissor e gerar muitas oportunidades de negócio.
O que devo fazer para abrir uma fintech?
Se você pretende investir nesse setor, deve se preparar para dar origem a uma empresa sólida e que realmente se preocupa com seus clientes – o que deve acontecer em qualquer ramo.
Cada uma dessas etapas tem sua importância em todo o processo. Acompanhe a seguir.
1. Inove – uma boa ideia que solucionará problemas
Em qualquer ramo do empreendedorismo, esse é um aspecto que deve ser priorizado. Ao procurar saber como abrir uma fintech, então, deve ter uma dedicação extra.
As fintechs são feitas principalmente para pessoas que desejam diminuir a burocracia dos serviços bancários. A geração Millenium – compreendida entre pessoas que nasceram a partir de 1990 – é um bom exemplo disso.
Investir em inteligência artificial é cada vez mais comum entre essas startups. Alguns sistemas podem prever valores de ações, moedas e commodities ao utilizar algoritmos, machine learning e redes neurais.
As interfaces robóticas também já são uma realidade, inclusive para fazer as transações bancárias mais triviais, como pagamentos e transferências.
Um outro item que merece atenção é a diferenciação no atendimento ao cliente. A tecnologia, inclusive, permite que você conheça o seu cliente mais profundamente, o que dá mais repertório para criar um atendimento mais personalizado.
2. Oportunidade – encontre-a, entenda e utilize-a
No Brasil, é muito comum empreender por necessidade, o que não é errado, mas antes de mais nada se deve encontrar uma oportunidade de mercado. Dessa maneira, as chances de o negócio ser bem-sucedido são bem maiores.
Além disso, essa ocasião deve se sobressair à qualquer conveniência pessoal, como sair do desemprego ou ter um trabalho melhor do que o atual. Ao entender os motivos pelos quais você está abrindo uma fintech e se informar sobre como fazer isso, se compreende também o grau da oportunidade e também o que se pode fazer para incrementar o negócio.
3. Dinamize – menos burocracia e mais agilidade nos processos
Quase todos os serviços bancários levam tempo para serem resolvidos e ainda precisam de pessoas que façam a intermediação entre cliente e instituição.
As fintechs têm um perfil totalmente diferente. Tudo é realizado sem complicações e apenas o smartphone é necessário para fazer as principais operações. O usuário não precisa de intermediários para administrar o seu dinheiro, faz simulações e tem informações suficientes para tomar decisões nesse aspecto.
É justamente isso que você, como empreendedor, pode explorar. Oferecer esse tipo de serviço para pessoas que estão cada vez mais ocupadas e que almejam a otimização do tempo, é uma possibilidade enorme de sucesso. Afinal, fintechs descomplicam a vida de seus usuários.
4. Prototipe e valide – desenhe esse produto e o apresente ao público
Esse é o momento de dar corpo à sua fintech e finalmente lançá-la ao público. Você pode apresentá-la a um setor específico – essa é uma alternativa muito interessante, pois, além de criar um público-alvo, gera uma empatia com ele.
Os grupos podem ser os mais diversos: uma determinada profissão ou faixa etária, empreendedores (em geral ou um nicho específico, como mulheres), profissionais liberais, investidores, entre outros.
Ao apresentar a empresa, é importante salientar como as suas soluções vão ajudá-lo a tornar o seu dia a dia muito mais fácil. Embora as funcionalidades da fintech sejam muito semelhantes entre si, vale destacar o que ela pode fazer pelo seu nicho.
Isso, além de criar uma empatia, como já mencionado, promove o início de um relacionamento com o leitor. Como consequência, as chances de ter mais clientes e alavancar a fintech são bem maiores.
5. Entenda o mercado – o que o público precisa e como você pode atender essa necessidade
Conforme já citado, é essencial saber atender ao seu nicho. Quem empreende tem uma certa dúvida sobre isso, uma vez que, quanto mais segmentado for público, menor ele se torna em quantidade. No entanto, vale ressaltar a premissa de que quem tenta agradar todo mundo, na verdade não agrada ninguém.
As chances de fidelização são bem maiores quando você trabalha para satisfazer as necessidades e dores de um setor da sociedade. Por isso, nunca deixe de pesquisar sobre ele, saber seus anseios, expectativas e procurar atendê-las sempre.
Essa procura deve ser atualizada, pois algumas mudanças no mercado ou mesmo na forma de viver das pessoas podem gerar novas carências que precisam ser supridas. Trabalhe para satisfazer o seu público. Dessa forma, você o mantém consumindo os seus serviços e ainda conquista outros, seja por indicação, boa reputação ou quaisquer outros motivos.
Um outra maneira de atender as necessidades do público-alvo ao abrir uma fintech é procurá-lo diretamente. Através de questionários ou qualquer canal aberto entre você e o seu cliente, você consegue informações que nem sempre são perceptíveis no dia a dia de trabalho e mais características de seu negócio.
Assim, você pode observar o que vem dando certo e manter na estratégia de sua fintech, como também verificar o que não tem tido tanto sucesso e alterar ou até mesmo eliminar de seus planos de ação.
6. Planeje – planejamento e estratégias
Um aspecto fundamental para o desenvolvimento de qualquer empresa é o seu marketing. Não adianta, parte dos seus investimentos, tanto em tempo quanto em dinheiro, devem ser direcionados para este fim.
Uma ferramenta ideal para fintechs e atingir o público que quer poupar e fazer outras transações é o marketing digital. Através de conteúdos como vídeos, textos para blogs e postagens e redes sociais, você consegue atingir um público que ainda não conhece os seus serviços e se tornar autoridade em seu setor.
Na internet, você não faz peças aleatórias, que atingem pessoas que não estejam interessadas em sua fintech. Seus anúncios são direcionados para potenciais prospectos e clientes.
Evidentemente, tudo deve ser planejado, com ações pontuais. Verifique a necessidade de mudar o foco de tempos em tempos, de priorizar uma ação de sua empresa, principalmente aquela que a concorrência não tem.
7. Foque na tecnologia e no produto
Antes de saber o que é uma fintech e para que ela serve de fato, o cliente precisa se certificar de que terá alcance a produtos que, além de atender às suas necessidades, esteja cercado de segurança.
Por isso, o investimento em tecnologia e em recursos que garantam a preservação das operações é algo que os clientes exigem e têm direito. Qualquer tipo de desconfiança deve ser rebatido com soluções que façam o usuário depositar total confiança no sistema.
O produto também deve ser de alta qualidade, sem erros que comprometam a eficácia das operações. Sendo assim, deve haver um investimento e um acompanhamento constante, com o trabalho de profissionais especializados e que consigam solucionar os mais diversos problemas.
Esse é justamente o foco do próximo tópico: o investimento.
8. Invista – procure por sócios e/ou parceiros para o seu negócio
É muito comum dizer que duas ou mais cabeças pensam melhor do que uma, Quando o assunto é empreendedorismo, isso tem grandes chances de ser verdade.
Ter um parceiro nessa empreitada é ótimo por diversos motivos.
O primeiro deles é o financeiro. Nem sempre, a verba disponível para abrir e manter a fintech é suficiente. Ainda que se tenha boas chances de o negócio ser bem-sucedido, é bom lembrar que algumas reservas são mais do que necessárias para esse momento inicial.
Um outro aspecto importante é a pluralidade de ideias. Muitas vezes, um empreendedor fica tão concentrado em seu negócio que não há aquele momento para pensar em planos e projetos. Tudo fica concentrado nas atividades rotineiras, o que de certa forma emperra a empresa e impede seu desenvolvimento.
Um sócio, além de trazer uma visão diferente , impede a sobrecarga do empresário. É possível compartilhar o trabalho diário e definir as responsabilidades de cada um. Os resultados ainda são melhores quando são aproveitados os pontos fortes de cada indivíduo, como a facilidade para lidar com números ou planejamentos.
Não se pode deixar de mencionar o aumento do comprometimento com o negócio, simplesmente por esse ser um trabalho em equipe. Se os resultados não forem os esperados, outras pessoas também serão prejudicadas.
No entanto, contar com um parceiro na abertura de uma fintech pode também ser sinônimo de problemas. Entretanto, eles podem ser solucionados.
Primeiramente, é preciso conhecer e manter uma boa relação com o sócio. Ainda que se trate de uma pessoa com diferentes visões de mundo, vivências e estilos, é possível ter uma parceria de sucesso, através de conversas francas, calma e principalmente respeito. Afinal, essas distinções devem ser pontos a favor, e não o contrário.
9. Atualize-se – estudos e conteúdos relevantes devem ser rotineiros
Este tópico pode ser considerado um outro benefício de se trabalhar com um sócio: contar com um tempo livre para descansar e estudar. Em qualquer segmento, é primordial obter informações que se relacionam diretamente com o futuro do negócio. Quando se fala de uma fintech, isso não poderia ser diferente.
Esse pode ser considerado um motivo pelo qual boa parte das empresas não resiste aos primeiros cinco anos de vida. O gestor simplesmente não tem ideia de como fazer as melhores ações e determinar uma trajetória que faça seu empreendimento se destacar entre os concorrentes e conquistar um espaço no mercado.
Até mesmo algumas habilidades podem ser desenvolvidas com os estudos, como resiliência e organização.
Você viu anteriormente que a inovação é essencial para a fintech dê certo e ganhe a confiança de mais pessoas. Para que as ideias surjam naturalmente, ler e se informar sobre esse ramo ajudam bastante. O risco de estagnação e de permanecer atrás da concorrência é minimizado ou até mesmo anulado.
Os estudos podem ser realizados de diversas maneiras: através de cursos, workshops on-line ou presenciais (estes últimos são ótimos para ter contato com empreendedores mais experientes e construir networking), leituras, palestras e conversas, mesmo as informais. Todos os recursos são válidos para se informar e adquirir conhecimento.
10. Cultura e colaboradores
A cultura organizacional nada mais é do que os valores, visão, missão, políticas e processos internos da empresa. É uma espécie de identidade corporativa e deve envolver todos os que estão envolvidos nesse empreendimento.
Todas as ações devem ser norteadas por esses princípios, independentemente do grau de envolvimento de cada indivíduo com a fintech. Com isso, toda a equipe tem mais foco e comprometimento.
Os colaboradores, por sua vez, devem ser motivados e valorizados. Dar a possibilidade de fazer cursos é uma maneira de fazer isso, além de mantê-los ligados aos valores que regem o negócio.
As consequências disso são as mais variadas: aumento de produtividade, diminuição de faltas e de rotatividade, entre outros.
Você acabou de conhecer 10 passos fundamentais sobre como abrir uma fintech. Para ter mais informações sobre empreendedorismo e assuntos financeiros, leia os outros textos do blog e acompanhe as atualizações.