Por Fabi Sabatini, especialista em vida saudável.
Se eu tivesse que escolher uma só mudança capaz de transformar mais rapidamente a vida de uma pessoa, eu diria que essa mudança deve ser na alimentação.
Não há nada que impacte mais diretamente a nossa saúde como os alimentos que ingerimos.
Comer mal é o mesmo que colocar combustível de má qualidade no nosso carro.
E o funcionamento das nossas células está relacionado diretamente à qualidade dos alimentos que consumimos.
A verdade é que precisamos aprender a comer comida de verdade. Ou seja, integral, natural e minimamente processada.
Algumas pessoas não sabem o que é uma abobrinha. Tem gente que fica semanas sem comer uma fruta…
E mais, os alimentos ultraprocessados são terríveis para a saúde. E, infelizmente, hoje eles estão na lista de compras de 9 entre 10 brasileiros.
Açúcar refinado, farinhas, barrinhas de cereal e por aí vai…
Esses pacotinhos e latinhas são um perigo.
Se você pega a embalagem e vê mais de 3 ou 4 ingredientes, já pode ficar desconfiada.
Principalmente se alguns dos ingredientes tiverem nomes esquisitos, que você nem sabe o que significa.
Mas Fabi, por que os alimentos industrializados fazem tão mal?
Os alimentos industrializados possuem substâncias que nosso organismo consegue digerir ou metabolizar em determinadas quantidades.
Por exemplo, o açúcar em grandes quantidades provoca desequilíbrios muito sérios na nossa saúde metabólica.
E a síndrome metabólica é a doença do nosso século.
Hoje já existem estudos que indicam que o desequilíbrio do nosso metabolismo pode causar doenças como câncer e Alzheimer.
E tudo isso começa com a ingestão de alimentos impróprios para o nosso corpo, como o açúcar refinado.
Em contrapartida, quando consumimos alimentos integrais, colocamos o tipo de combustível certo no nosso trato digestivo.
Ao alimentar a nossa microbiota (as bactérias que vivem no nosso intestino) com a dieta adequada, somos capazes de absorver melhor os nutrientes que nosso organismo precisa.
E assim nosso corpo vira uma máquina supereficiente.
E quanto às calorias? Devemos nos preocupar com elas ou não?
Antes de pensar em calorias, temos que pensar: esse alimento possui nutrientes?
É claro que precisamos de calorias, mas a densidade nutricional de um alimento é muito mais importante.
A contagem de calorias é uma técnica já defasada.
Fez parte dos manuais de nutrição nos anos 80 e acabou desencadeando a onda do light, do diet, das barrinhas de cereal e da vilanização das gorduras.
Mas o que nós precisamos pensar é na quantidade e na qualidade dos nutrientes dos alimentos que ingerimos.
São os nutrientes que vão nos deixar saciados, que vão nos dar energia pro dia.
E os alimentos orgânicos?
Os alimentos orgânicos são uma variável importante nessa equação.
Eles são muito mais ricos nutricionalmente do que aqueles cultivados com agrotóxicos, pois a terra onde cresceram possui mais nutrientes.
Quanto mais alimentos orgânicos consumimos, mais a gente garante o bom funcionamento das nossas células, mais diminuímos nossos marcadores inflamatórios, mais destruímos radicais livres e mais aumentamos a imunidade.
Qual é o grande segredo da boa alimentação?
O grande segredo é aprender a ouvir o próprio corpo.
Se você tem muitas dores, tá sem energia e vive inflamada, então seu corpo está tentando dizer que algo está errado.
Investigue o que você anda comendo, faça alguns testes, restrinja alguns alimentos e tente descobrir o que te faz bem e o que te faz mal.
Nada do que ingerimos deve provocar mal-estar.
Uma boa alimentação naturalmente nos dá disposição, nos leva ao nosso peso ideal, melhora a nossa performance e adia o nosso envelhecimento.
Quando você fizer essa mudança nos seus hábitos alimentares e sentir a diferença que faz na sua vida, você não vai querer nunca mais voltar atrás.
E como tá a sua alimentação?
Deixa aqui embaixo nos comentários.
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