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Blockchain: quem pode usar e como fazê-lo?

setembro de 2018


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3 min



Graças aos avanços contínuos da tecnologia e as mudanças proporcionadas no mundo digital, novos dispositivos e conceitos são criados diariamente e essas inovações impactam drasticamente a vida de milhares de pessoas e, algumas delas, o mercado financeiro.

Uma rede de dados praticamente inviolável, que abriga os registros e garante a segurança de todas as transações de Bitcoins. Esse é o blockchain, uma base de dados que abriga todas as movimentações de valor, bens, serviços e dados de maneira descentralizada e distribuída por diversos computadores ao redor do mundo.

Perceba o quão diversa é a aplicação e potencial de uso do blockchain, você pode aplicar a praticamente qualquer coisa, e suas vantagens são inúmeras.

Quem pode usar?

Antes de saber quem pode utilizar essa tecnologia, é importante destacar que a rede é peer-to-peer, ou seja, uma arquitetura de rede em que cada um dos pontos permite compartilhamentos de dados sem precisar de um servidor máster. Portanto, não precisa de um administrador, o que transforma cada usuário do blockchain, pessoas que possuem moedas digitais, em administradores.

Seu uso é extremamente versátil, podendo ser feito por:

  • Pessoas físicas;
  • Empresas (públicas e privadas);
  • Startups;
  • Instituições;
  • Órgãos;
  • Internet das coisas (IOT).

Podemos, inclusive, citar algumas empresas que já estão utilizando a versatilidade da tecnologia, como: IBM, Microsoft, Rebel, Xapo, Blockchain.info e Ripple. Claro que para cada perfil existe uma adequação de uso do blockchain. Por exemplo, os pesquisadores estão desenvolvendo projetos com aplicativos de blockchain que vão da identidade digital, validação de contratos, até ao registro médico.

O poder do blockchain é demonstrado, inclusive, na lista Fintech 50, promovida pela revista americana Forbes. Divulgada em fevereiro, ela trazia, entre as 50 empresas, nove que trabalham diretamente e indiretamente com a tecnologia.

Como posso usar a tecnologia blockchain?

Para entender como pode ser utilizado, entenda de maneira simplificada o funcionamento da tecnologia. Em síntese, é um banco de dados compartilhado com entradas que são criptografadas e devem ser compartilhadas. É uma forma segura de registrar as atividades, históricos.

Graças a sua versatilidade, é possível utilizar o banco de dados para:

  • Contratos inteligentes, automatizando pagamentos e transferências de moedas e outros ativos;
  • Prevenção de fraude eleitoral, fornecendo um sistema de contagem de votos mais seguro;
  • Mineração de Bitcoin: o método mais conhecido pelos usuários de moeda digital;
  • Contribuir com inovação no registro de imóveis, sistema notarial;
  • Facilitar os processos de transparência e responsabilidade financeira de partidos políticos;
  • Facilitar os processos licitatórios;
  • Sistematizar novos sistemas para royalties de músicas e outras propriedades intelectuais.

E os exemplos não param por aí. Pode-se usar o blockchain para reduzir os custos e corrupção em diversos governos. A Estônia mudou a identidade das pessoas para uma blockchain, Dubai quer ser o primeiro lugar a rodar inteiramente em blockchain.

O blockchain é uma rede com aplicabilidades que vão muito além do Bitcoin.

Princípios do blockchain

Para entender melhor sobre como pode ser usada essa tecnologia, vamos abordar alguns dos principais princípios:

  • Peer-to-peer – tecnologia similar à que tornou possível o Napster ou Torrents, que exclui a necessidade de um intermediário entre pagamentos e transferências eletrônicas.;
  • Autossuficiente – sem a existência de uma terceira parte ou regulador;
  • Proof-of-work – conceito chamado de prova de esforço, que recebe uma identidade única, calculada e criptografada. Dessa forma, um registro praticamente inviolável é criado;
  • Consenso entre a maioria – encadeamento de transações que indica qual bloco foi aceito pela maioria dos participantes na rede;
  • Criptografia – funciona como uma assinatura que impede que qualquer alteração seja feita nas informações, gerando mais confiança e imutabilidade das informações;
  • Teoria dos jogos – principal conceito da tecnologia blockchain, chamada de “problema dos generais bizantinos”, impede que um número X de generais, sem ética, traidores, barrem a cooperação entre outros para um ataque em conjunto. Como os negócios são feitos por pessoas desconhecidas, esse mecanismo dá aval para as transações. Sem ele, ninguém aceitaria fazer negócios;
  • Engenharia de software – com a viabilização das plataformas de código aberto para transações, elas podem ser contabilizados de forma descentralizada, ou seja, sem necessidade de uma enorme área de processamento de dados. Facilitando as transações de forma fluida por pessoas conectadas pelo mundo inteiro.

Se você ainda não acredita no poder de mudanças disruptivas dessa nova tecnologia, prepare-se. Com os últimos avanços tecnológicos, vivemos num momento em que muitos a chamam de a “quarta revolução industrial” ou “quarta onda”.

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