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Mudança à vista: entenda como funciona o open banking

novembro de 2020


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Escrito por: Rafael Simões

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de leitura:
2 min



Você já deve ter ouvido falar em open banking ou, popularmente, sistema bancário aberto.

A princípio, trata-se de um sistema de compartilhamento de informações financeiras de pessoas entre instituições bancárias viabilizadas pelo Banco Central (como bancos, instituições de pagamento e determinadas fintechs, por exemplo).

Atualmente, todos os dados de posse são de um único banco e, consequentemente, inacessível por terceiros. Com o open banking, as informações financeiras relacionadas a você deixarão de ser do seu banco e passarão a ser suas.

Conseguiu visualizar?

Pense no banco que você tem conta (Itaú, Bradesco, Nubank ou qual preferir). Por agora, ele é o detentor de seus dados financeiros, como: histórico de transações efetuadas, pagamentos, crédito utilizado e por aí vai.

Com o open banking, é possível autorizá-lo a compartilhar tais conhecimentos de forma simplificada e automatizada com outros bancos ou instituições de pagamento.

Em matéria publicada pela Infomoney, em abril de 2019, Rafael Pereira, nosso CEO da Rebel, explicou a proposta deste serviço. “A ideia é deixar o sistema financeiro mais transparente e competitivo, além de empoderar o cliente, que passa a ser dono de seus dados e pode transacionar isso da forma que lhe for mais conveniente”.

Mas na prática, o que isso significa?

Mediante a um consentimento expresso do cliente, por meio de uma autorização inequívoca (sem dúvidas sobre as condições aceitadas), outras instituições terão acesso às suas informações financeiras. Logo, eles poderão lhe oferecer produtos, serviços e taxas mais atrativas do que seu banco atual.

A palavrinha mágica aqui é: consentimento. Porque só com a sua aprovação prévia é que a informação pode ser compartilhada.

Quais são os benefícios?

Por exemplo: eu, Rafael, possuo conta no Itaú e quero contratar um empréstimo. O Itaú, que me conhece há vários anos, me oferece uma taxa “X”. Esta taxa não me agrada. Então, coto com outros bancos, os quais me oferecem taxas “Y”, “Z” ou outras possivelmente maiores que o valor do Itaú – visto que esses tais outros bancos não me conhecem como o meu.

Com o open banking, eu poderei, de forma simples e rápida, autorizar o Itaú a compartilhar minhas informações, isto é, meu histórico junto aos outros bancos que desejo cotar empréstimo. Desta forma, permito que todos possam me conhecer melhor e adequar ou personalizar melhor as propostas de acordo ao meu perfil financeiro. Além disso, aumenta a competitividade e transparência do sistema como um todo.

Vale lembrar que este é um assunto complexo e discutido há anos, com a possibilidade de ser concluído em 2021.

PS.: O Banco Central atualizará o nome do open banking para open finance, mas, por enquanto, o termo open banking continua em uso pela mídia em geral.



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