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Entenda o que é e como funciona uma startup

outubro de 2018


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9 min



Você certamente já ouviu falar em startups, e usa os serviços de várias delas todos os dias, mas talvez você ainda tenha dúvidas sobre o que é startup, como ela funciona e se vale a pena investir em uma.

Startups são o modelo de negócio que vem dominando e revolucionando o mercado através da criação de novas maneiras de lidar com os funcionários e com o público, atendendo às necessidades dos consumidores de forma inovadora. Startups são inovação e muito mais:

Saber o que é startup pode mudar a maneira como você vê o empreendedorismo.

O que é uma startup?

Toda startup é uma empresa jovem, e não apenas porque foi fundada há pouco tempo por empreendedores de pouca idade. Uma startup está em constante inovação em suas práticas e ideias, para poder sobreviver em um cenário muito competitivo e incerto.

O termo startup começou a ser usado em todo o mundo durante a Bolha da Internet, uma crise especulativa que atingiu as primeiras grandes empresas online. Antes disso, ele já era usado em especial nos Estados Unidos, tendo se originado no Vale do Silício.

Muitas startups foram criadas e funcionam exclusivamente via internet, mas não se enganem: nem todas as startups são negócios online. E não é porque a raiz da palavra é o verbo “start”, que em inglês significa começar, que uma empresa deixa de ser startup depois de alguns anos no mercado – embora isso eventualmente ocorra e seja o objetivo do empreendedor.

Toda startup é igual em uma coisa: na inovação. Toda startup pensa e desenvolve um modelo de negócios próprio para atender às necessidades do cliente de maneira inovadora, e por causa disso tem um grande potencial de crescimento. É este diferencial, esta proposta inovadora, que faz de uma jovem empresa uma startup.

Como funciona uma startup?

Para entender o que é startup, é preciso ter uma noção de como uma startup funciona. E toda startup funciona de acordo com estes três nortes:

Inovação

Inovação é a condição básica para uma empresa ser denominada startup. Entregar produtos, serviços, ou até mesmo experiências que atendam às necessidades do cliente de uma forma criativa é o que uma startup faz – podendo até mesmo criar novos nichos de mercado através de suas práticas.

Muitas startups optam por usar a tecnologia para trazer inovação ao seu modo de fazer negócios, por causa do próprio ambiente hiperconectado em que vivemos. Mas isso não é obrigatório, e existem, sim, startups que não dependem da tecnologia para serem inovadoras.

Repetível e escalável

Uma startup precisa apresentar um negócio, produto ou serviço que seja repetível e escalável para que ela atinja estabilidade e cresça mais rapidamente.

Por isso, a solução inovadora que deu origem à startup deve ser fácil de ser replicada, e em escala cada vez maior. Isso significa que o produto ou serviço deve ser o mesmo ou semelhante para todos os consumidores, com pouca ou nenhuma possibilidade de customização, que é algo que encarece e dificulta o funcionamento das startups.

Quando o modelo de negócios é repetível e escalável, seu custo de manutenção é baixo, e conforme a empresa cresce, os custos com operação não aumentam muito.

Uma startup precisa de um produto repetível e escalável para crescer rapidamente.

Flexibilidade

A parte “repetível e escalável” garante a estabilidade, mas é preciso haver espaço para flexibilidade em uma startup. Não basta ser criativo apenas na hora de criar a empresa, mas também é preciso usar a criatividade e estar disposto a abraçar mudanças todos os dias, quando se faz a gestão da empresa.

A flexibilidade inclui modificar processos internos, responder rápido a desafios de marketing, adaptar o trabalho e o serviço às demandas do mercado, testar sempre novas formas de agradar e fidelizar o consumidor, entre outros.

Um exemplo de flexibilidade usada no momento certo pode ser encontrado no PayPal, uma startup que tinha como objetivo servir de carteira digital em smartphones, mas que começou a ser usada pelos consumidores para transferência de dinheiro em negociações, e decidiu mudar o foco de suas operações.

Tipos de startups

Agora que você já tem noção de o que é startup e quais as características comuns a todos os tipos de startups, é hora de conhecer melhor cada tipo. Basicamente, esta classificação leva em conta para quem a startup cria soluções.

B2B (Business to Business)

Uma startup B2B – em português, negócio para negócio – entrega produtos e serviços para outras empresas. Assim, todas as transações são realizadas entre pessoas jurídicas.

Este é o modelo de startups que mais cresce, e também aquele em que as vendas são de maior volume e faturamento. O grande desafio da startup B2B é definir um produto ou serviço e um público-alvo logo no começo de seu funcionamento.

B2C (Business to Consumer)

Uma startup B2C – traduzindo: negócio para consumidor – lida diretamente com o público. É o modelo mais comum, presente em lojas de varejo e na maioria dos e-commerces.

As startups B2C precisam investir bastante em marketing para conquistar e fidelizar os clientes, observando tendências, estreitando a relação em canais de comunicação e ficando sempre atentas às mudanças no mercado e no gosto do consumidor.

Startups B2B são as mais comuns – o desafio delas é inovar sempre.

B2B2C (Business to Business to Consumer)

Uma startup B2B2C – ou negócio para negócio para consumidor – atua como uma intermediária entre uma empresa e o consumidor final. Este é um modelo de negócios mais novo e bastante presente em ambientes virtuais.

Um exemplo de empresas B2B2C são os marketplaces, ou grandes sites de vendas como Dafiti e Walmart, que fazem a ponte entre o consumidor e outras empresas, que vendem e entregam o produto. O marketplace não tem estoque ou controle sobre o produto, mas por seu tamanho dá visibilidade às empresas menores que comercializam os produtos fisicamente.

Como criar uma startup?

Agora que você já sabe o que é startup, deve estar curioso e animado para descobrir como criar a sua. Para fundar e administrar uma startup de sucesso, é necessário ter espírito empreendedor, vontade de inovar constantemente, flexibilidade e seguir estes passos:

Ter uma ideia inovadora

Tudo começa com uma ideia. E esta ideia não precisa vir de um momento mágico de inspiração. Para se ter uma boa ideia de negócio, basta estar atento às pessoas ao seu redor, ouvindo com atenção sobre as necessidades delas. Como você pode criar uma solução inovadora para estas necessidades? A resposta para esta pergunta será a proposta de valor da sua startup.

Toda startup começa com uma ideia inovadora.

Desenvolver um protótipo

Uma ideia inovadora não gera lucro e mudança se não sair do papel. E para isso você deve criar um protótipo, testá-lo com uma pequena parte do público-alvo e fazer as mudanças necessárias de acordo com os resultados deste primeiro teste.

Esta primeira versão do seu produto que será testada é chamada de MVP, ou Minimun Viable Product (Mínimo Produto Viável). Para criar este MVP, é recomendável contar com um time inicial de colaboradores de diversas origens e pensamentos diferentes, de preferência dentro do público-alvo do produto a ser desenvolvido.

Como time formado, é hora de um brainstorm para desenvolver o MVP, levando em conta o design, a viabilidade econômica e a possibilidade de o mesmo ser produzido em grande escala. É hora também de definir com precisão o público-alvo do produto, através da criação de pelo menos três perfis de pessoas que seriam beneficiadas pelo seu produto.

Com tudo isso resolvido e as metas iniciais traçadas, você deve colocar o MVP para seu primeiro teste de mercado. Mas atenção: apesar de complexa, a fase de desenvolvimento do protótipo não pode se alongar muito, pois o produto corre o risco de ficar defasado e não atender às exigências necessárias para um simples teste.

Validar hipóteses de mercado

Depois de desenvolvido o protótipo, é hora de testar todas as hipóteses que, conscientemente ou não, você fez na hora do planejamento. Isso é feito tanto com a observação da performance do MVP no mercado quanto com a análise de cenários econômicos.

Na hora de validar as hipóteses, uma dica útil é fazer um plano de negócios, adaptando os vários modelos já disponíveis à sua proposta e à sua realidade.

Os testes de validação de hipóteses mostram o que funciona ou não neste momento para sua startup.

Buscar parceiros

Nenhuma startup chega longe se o empreendedor estiver sozinho em sua jornada. Por isso, a escolha de bons parceiros é essencial.

Quem são os parceiros do empreendedor? Todos aqueles que de alguma forma ajudarão a ideia inovadora a tomar forma e chegar ao consumidor. Isso inclui fornecedores, transportadores, time de marketing, mentores e, se você achar necessário, um ou mais sócios.

Captar recursos

A captação de recursos é um dos maiores desafios para quem quer abrir uma startup.

Alguns empreendedores optam pelo bootstrapping, ou seja, investem dinheiro do próprio bolso na startup. Esta é uma aposta bastante arriscada, pois necessita de um lucro rápido para dar certo, além de muita economia por parte do empreendedor.

Há várias maneiras de captar recursos de fora, como fazer empréstimos em bancos, procurar investidores-anjos ou uma incubadora. Qual opção você vai escolher dependerá de suas metas e também das condições oferecidas pelos investidores – alguns trocam o investimento por participação nos lucros ou o controle de uma porcentagem das ações da startup.

Você também poderá escolher por captar recursos para sua startup junto a uma fintech. Fintechs são empresas que atuam no ramo financeiro e procuram facilitar a vida dos usuários de bancos. No universo das fintechs, a Rebel vem se destacando.

A Rebel faz a ponte entre o usuário que procura um empréstimo e a empresa Lecca Crédito, Financiamento e Investimentos SA, de modo a diminuir a burocracia e as dores de cabeça na hora de contratar um empréstimo. Com a Rebel, mesmo quem não entende de operações bancárias e análise de crédito pode fazer um empréstimo tranquilamente.

A Rebel é uma startup criada para ajudar a sua startup a se tornar realidade. Na Rebel você recebe propostas customizadas de empréstimos e taxas de juros, e só fechará negócio quando estiver seguro com uma proposta que cabe no seu bolso.

Exemplos de startups

Muito bem! Agora você já sabe o que é startup e como criar uma. Precisa de um pouco mais de inspiração antes de colocar a mão na massa? Conheça estas empresas que começaram como startups, e hoje são gigantes no mercado mundial – e fazem parte do seu dia a dia:

Netflix

A Netflix é a startup unicórnio – ou seja, startup que vale mais de 1 bilhão de dólares – mais conhecida do mundo. Mas ela não estava fadada ao sucesso quando surgiu, em 1997, e nem quando foi esnobada pela concorrente, a então gigante Blockbuster, ao fazer uma oferta dee venda.

Numa época em que as locadoras dominavam, a Netflix começou como catálogo de DVDs, entregues na casa do assinante, e depois apostou no serviço de streaming e na produção de conteúdo original, e ambas estratégias colocaram-na na posição de destaque que mantém até hoje.

Uber

O Uber surgiu em 2008, depois que seus fundadores tiveram dificuldades para pegar um táxi em uma cidade desconhecida, e resolveram mudar a maneira como nos locomovemos.

Em vez de investir em carros e motoristas para compor sua própria frota, a startup uniu consumidores buscando transporte e motoristas querendo trabalhar. Com esta ideia simples, o Uber se espalhou pelo mundo, e hoje está presente em dezenas de países.

O que é startup? Ora, o Google começou como uma startup e hoje é uma empresa bilionária!

Google

O buscador que você usa todos os dias foi uma startup fundada em 1998, quando o mercado de buscadores online era dominado pelo Yahoo. Mesmo assim, a empresa teve crescimento exponencial, agregando novos idiomas e novos produtos, enquanto seus concorrentes desapareciam.

Hoje o Google é apenas uma de várias empresas da holding Alphabet Inc, avaliada em mais de 400 bilhões de dólares.

iFood

A iFood é uma startup B2B2C, pois faz a ponte entre fornecedores de alimentos e os consumidores através de seu site e aplicativo. A iFood foi criada por dois amigos brasileiros em 2011, com o objetivo inicial de ter algo semelhante aos panfletos de delivery de comida em um único lugar. Hoje, tem milhares de restaurantes cadastrados.

Algo interessante é que o aplicativo da iFood foi criado por outra startup brasileira de sucesso, a Movile.

Ficou inspirado com a história destas startups que conquistaram o mundo? Ainda tem alguma dúvida? Quer saber mais sobre as propostas de captação de recursos para sua startup? Entre em contato conosco!



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