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Grana

O que significa taxa prefixada e qual a diferença com a taxa pós-fixada?

abril de 2018


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A maioria dos consumidores já ouviu falar em taxas de juros prefixadas ou pós-fixadas, principalmente quando se pretende fazer um investimento ou pegar um empréstimo. Saber o que significam essas taxas é muito importante para não ser enganado.

Por isso, antes de se enrolar com as taxas de empréstimos ou investimentos, é preciso ter conhecimento para escolher a melhor opção de negócio. Afinal, entender as principais diferenças entre taxas prefixadas e pós-fixadas ajuda na hora de calcular o retorno ou os juros das prestações.

Com as taxas prefixadas, o consumidor já sabe quanto irá lucrar em um investimento ou, no caso de um empréstimo, quanto irá pagar de juros.

O que significa taxa prefixada?

As taxas de juros prefixadas são definidas na hora da contratação de um empréstimo ou da realização de um investimento. O consumidor passa a conhecer o valor das taxas e pode calcular o quanto irá pagar nas parcelas da transação ou estimar a rentabilidade no resgate do investimento que está realizando.

Optar por um empréstimo com juros prefixados é uma segurança contra a oscilação do mercado. Já que, nesse caso, o valor firmado em contrato é fixo e se mantém durante todo o tempo de pagamento, independentemente da situação da economia.

O mesmo vale para investimentos em taxas prefixadas. No momento da compra do título, o investidor já saber o quanto o dinheiro irá render ao longo de todo o período até o resgate do título.

Recomenda-se que quem não confia na Selic (taxa básica de juros da economia), por conta da possibilidade de variação negativa ou positiva, deve fazer um investimento com juros prefixados para ter segurança sobre o rendimento do capital investido.

O problema é que, se a Selic subir, o investidor pode deixar de ganhar dinheiro, em comparação a investimentos com taxas de juros pós-fixadas.

E taxa pós-fixada

As taxas de juros pós-fixadas andam lado a lado com os índices da inflação e podem variar, dependendo da situação econômica de um país. Esses juros estão relacionados às taxas de base que remuneram as cadernetas de poupança.

No caso de empréstimos, as taxas de juros pós-fixadas estão relacionadas ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), um dos principais índices da inflação. Por conta da variação comum de mercado, o consumidor passa a ter o valor das prestações do empréstimo alterado, normalmente ficando mais caro, mês a mês.

Em investimentos, diferente dos juros prefixados, os pós-fixados não são informados aos investidores na hora da realização de um investimento. Com isso, só é possível saber a rentabilidade e medir o retorno do investimento se o investidor acompanhar os resultados dos índices da inflação, que ditam o andamento da economia.

Entendendo melhor as taxas pré e pós-fixadas

Lidar com economia não é fácil. Por isso, vamos a alguns exemplos bem simples para que você possa entender melhor a relação entre as taxas prefixadas e pós-fixadas. Confira:

Taxas prefixadas

Em um investimento com juros prefixados, o valor de resgate do título é conhecido no momento da aplicação. A mesma regra vale também para empréstimos ou financiamentos.

Por exemplo, ao comprar um título prefixado de três meses que paga 12% ao ano e tem o valor de R$ 1 mil, o seu rendimento será de R$ 1.028,73. Ainda é possível ter uma pequena variação, dependendo da base de dias de rendimento, que pode ser exponencial (252 dias) ou linear (360 dias), que serviu de base para nosso exemplo.

Taxas pós-fixadas

Ao comprar títulos de renda fixa com juros pós-fixados é possível saber a média de rendimento, mas não se pode precisar o valor que será resgatado na data de vencimento do título.

O rendimento, nesse caso, sofre com o acréscimo ou decréscimo de taxas referenciais de juros ou índices de inflação, como o IPCA.

Sobre empréstimos, escolher um com juros prefixados pode ser melhor em longo prazo, se comparado com opções de taxas pós-fixadas. Porém, em tempos bons da economia, as taxas pós-fixadas de um financiamento ou de um empréstimo podem ser inicialmente mais baixas, o que representa uma vantagem para o cliente.

Para escolher a melhor opção de juros pós-fixados, seja em um empréstimo ou em um investimento, é preciso avaliar a perspectiva de evolução da taxa referencial de juros ou o índice da inflação que sustenta a operação.

Lembre-se que quanto maior for a instabilidade econômica, menor será o rendimento dos juros pós-fixados.

Como essas taxas se comportam nos principais tipos de investimentos?

Os juros prefixados e pós-fixados compõem os investimentos de renda fixa e podem aparecer em diferentes tipos de investimentos, como:

Tesouro Direto

Os títulos públicos do Tesouro Direto que são oferecidos pelo Governo Federal se dividem em Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+.

Em um título prefixado é possível saber antecipadamente a rentabilidade para resgate no vencimento do título. Isso o torna um investimento ruim, caso o investidor queira resgatar o valor antes do prazo, o que pode gerar uma rentabilidade diferente da firmada no momento da aplicação.

O Tesouro IPCA+ é um bom investimento para quem pensa em guardar dinheiro para a aposentadoria, por exemplo, já que esses títulos têm juros pós-fixados e podem ter um rendimento acima da inflação, ou seja, ter uma rentabilidade maior do que o prefixado.

No Tesouro Selic, que segue a taxa básica de juros, é possível sofrer menos com as oscilações do mercado. Esse investimento é indicado para quem quer ter uma boa rentabilidade num curto prazo, ideal para quem quer fazer uma reserva de emergência.

CDBs

Os CDBs são certificados emitidos por bancos ou financeiras. Nos CDBs pós-fixados, a rentabilidade é atrelada ao CDI, pagando o percentual de variação do CDI no período da compra até o vencimento do título.

Em CDBs prefixados, a taxa de juros do negócio é estabelecida no momento da aplicação. Assim, é possível saber a rentabilidade bruta do investimento.

LCI e LCA

É possível comprar uma LCI ou LCA em corretoras de valores ou bancos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Os recursos investidos nas letras são emprestados a agentes do mercado imobiliário, no caso do LCI, ou do agronegócio, no caso do LCA.

Os tipos de letras mais comuns são as pós-fixadas, que são indexadas ao CDI. Por isso, não é possível saber a rentabilidade do investimento na hora da compra. Já na LCI e LCA prefixada, o investidor pode saber exatamente qual será o retorno final do investimento.

Ainda existe também a LCI e LCA híbridas, que têm remuneração atrelada a indicadores como o IPCA e juros prefixados.

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