A reserva de emergência é uma das ferramentas mais importantes para uma vida financeira mais tranquila. Ela serve basicamente a dois objetivos:
- Como um airbag de proteção para o caso de emergências inesperadas;
- Como porta de entrada para o mundo dos investimentos.
Antes de fazer sua reserva de emergência, nem adianta pensar em colocar suas economias naquele fundo imobiliário, fundo multimercado ou naquela ação da bolsa de valores que tá todo mundo falando pra você comprar porque “tá barato”.
O erro do investidor iniciante é achar que riqueza se constrói de um dia para o outro. Mas a verdade é que buscar altos rendimentos em prazos curtos é um dos caminhos mais rápidos para a ruína financeira. Então fique esperto e não caia nesse papo.
Bons investimentos dependem de decisões bem tomadas, com riscos calculados. E é muito difícil tomar boas decisões se você está desprotegido, com a corda no pescoço o tempo inteiro.
O que é, afinal, a reserva de emergência?
A reserva de emergência nada mais é do que um dinheiro que você deixa guardado para usar durante um imprevisto ou emergência — como perdas materiais, problemas de saúde, demissões, etc.
Por isso, uma boa variável para definir o tamanho da sua reserva de emergência é o seu gasto mensal.
Digamos que você gaste um total de R$3.000 por mês, considerando todas as suas despesas. Se você tem guardados R$3.000 ou menos, isso significa que, no caso de uma emergência, você consegue se bancar no máximo até o final do mês.
Não parece muito tempo pra se recuperar de um baque financeiro como a perda de um emprego, o surgimento de uma dívida inesperada ou um problema de saúde, concorda? Pois é. Por isso, para que você tenha o mínimo de tranquilidade financeira com a sua reserva de emergência, a recomendação geral é que ela cubra entre 3 e 6 meses do seu gasto mensal.
Esse número é um bom começo para a maioria das pessoas, mas pode variar de acordo com as necessidades, o tipo de trabalho (profissional liberal, CLT, servidor público, empreendedor, etc) e a renda de cada um.
Se você trabalha em uma área mais dinâmica, com alta demanda e vagas de emprego sempre abertas, talvez você consiga se sair bem com uma reserva de 3 meses. Mas se você atua em um campo profissional com poucas ofertas de emprego e sujeito à crises, busque construir uma reserva que te banque por pelo menos 12 meses.
Caso ainda não saiba o total das suas despesas mensais, essa é uma boa hora pra começar a organizar suas contas.
E onde devo investir esse dinheiro?
Uma dúvida comum relacionada à reserva de emergência é onde se deve aplicar o dinheiro. A regra de ouro para investir essa grana é escolher um produto com risco baixo (sem sustos) e liquidez alta (acesso rápido ao dinheiro).
Tendo isso em conta, algumas opções disponíveis são:
Dinheiro em casa, debaixo do colchão
- Pontos positivos: A Liquidez é imediata, então seu dinheiro estará na mão sempre que necessário.
- Pontos negativos: Não há rentabilidade. Isso significa que o dinheiro perde valor com o tempo por conta da inflação. Além disso, há o risco de ser roubado e perder tudo.
Poupança
- Pontos positivos: O Risco é baixo e a liquidez é elevada. Portanto, assim que você precisar, o dinheiro estará disponível na sua conta.
- Pontos negativos: A rentabilidade da poupança é baixíssima. No momento ela está tão baixa que você perde dinheiro ao longo do tempo, por conta dos ajustes da inflação.
Fundo de renda fixa
- Pontos positivos: A rentabilidade desse tipo de investimento é um pouco melhor que a da poupança (nos casos onde não há uma taxa de administração elevada) e a liquidez é imediata.
- Pontos negativos: Nem todo fundo tem liquidez imediata. Alguns fundos cobram taxa de administração elevada e o resgate depende do funcionamento da plataforma (bancos e corretoras), que às vezes ficam fora do ar, impossibilitando o acesso rápido ao dinheiro.
Tesouro Selic (Título do Tesouro Nacional)
- Pontos positivos: O risco é baixo, já que são títulos do Governo Federal, e a rentabilidade é um pouco melhor que a da poupança.
- Pontos negativos: O acesso ao dinheiro se dá apenas 1 dia útil depois do resgate. Além disso, depende do funcionamento da plataforma (bancos e corretoras), que às vezes ficam fora do ar. Por fim, algumas instituições cobram taxa de custódia para guardar os seus títulos do tesouro. Então preste bem atenção!
Agora que você já tem uma noção de quase todas as suas opções, avalie a que mais te agrada mais e abra sua conta em uma instituição financeira da sua confiança. Em seguida, transfira esse dinheiro para a opção escolhida e esqueça da existência dele.
A reserva de emergência não é um investimento em que se deve buscar rentabilidade alta. Lembre-se: o objetivo não é ganhar dinheiro, é guardar. E, claro, evitar que ele perca valor ao longo do tempo.
Não se esqueça que, quando o assunto é reserva de emergência, liquidez e baixo risco são as palavras-chaves!
E aí, vamos começar sua jornada rumo à tranquilidade financeira?
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