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Grana

Saiba a importância da tecnologia em finanças

janeiro de 2019


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7 min



Desde que surgiu, a tecnologia vem revolucionando a humanidade em alta velocidade e a forma como as pessoas vêem e interagem com mundo. Cada vez mais, as pequenas atividades do cotidiano vão sendo modernizadas e facilitadas pela tecnologia. E o mundo das finanças não poderia ficar de fora dessa revolução. A utilização da tecnologia em finanças vem crescendo e diversas empresas estão se adaptando para oferecer serviços diferenciados para os seus clientes.

As soluções em tecnologia apresentadas diariamente estão sendo o que especialistas vêm chamando de 4ª revolução industrial. Essa revolução não se refere ao uso de uma tecnologia específica, em si, mas sim aos desdobramentos futuros que essas tecnologias trarão. Isso considerando a implementação de sistemas automatizados em fábricas, uso de nanotecnologias, inteligência artificial, biotecnologia, uso de drones, armazenamento de informações em nuvens, uso de inteligência artificial e impressoras 3D.

Diversas tecnologias vêm sendo consideradas como parte da 4ª revolução industrial, como o uso de nano tecnologia, drones e de impressoras 3D.

Se, por um lado, o número de vagas de trabalho poderá ser reduzido de forma drástica em muitos setores da economia, por outro, esse número irá aumentar em outras áreas que estejam relacionadas ao desenvolvimento, controle e manutenção dessas novas tecnologias.

Olhando essa revolução por outro ângulo, muitas áreas estão se beneficiando com o avanço tecnológico, como indústrias atuantes nas mais diversas atividades econômicas, o mundo da tecnologia, em si, a área de diagnóstico e de prática médica e de pesquisa científica, diferentes canais de comunicação e o próprio mundo das finanças.

Importância da tecnologia nas finanças

A área de finanças é bastante promissora para a implementação de novas tecnologias. Ela está repleta de atividades complexas, demoradas e que exigem grande atenção de quem as executa. Com a implementação de softwares de gestão financeira, é possível diminuir os pequenos erros, gerando, assim, processos mais confiáveis e rápidos, e minimizando a possibilidade de erros e fraudes.

A implementação de novas tecnologias permite uma diminuição da infraestrutura das empresas para a realização de algumas atividades. Essa redução gera economia de recursos, o que torna a empresa mais competitiva no mercado em que atua e auxilia na aquisição de estabilidade e segurança, perante os seus concorrentes.

O surgimento de startups voltadas para a área de tecnologia em finanças foi apenas uma das consequências da 4ª revolução industrial. Essas empresas são conhecidas como fintechs e estão voltadas à venda de tecnologia aplicada ao mundo financeiro. Com a demanda, cada vez maior, do mercado por soluções práticas e seguras para a rotina diária de empresas e pessoas, esse nicho vem crescendo anualmente.

Nos últimos anos, o mercado experimentou uma grande expansão. Em 2014, os investimentos na área de tecnologia relacionada às finanças triplicaram, saltando de US$ 4 bilhões ao ano para US$ 12 bilhões a ano. Já em 2015, o mercado experimentou um crescimento de mais de 60%, saltando para US$ 19 bilhões, segundo o Citigroup e a consultora CB Insights.

O mundo da tecnologia em finanças vem experimentando um crescimento significativo nos últimos anos.

Gerenciar o dinheiro de empresas e as finanças pessoais tem ficado cada vez mais fácil. Há diversos softwares e aplicativos no mercado que auxiliam nessa árdua tarefa. E essa tem sido a maior preocupação das fintechs: inovar e se destacar dentro desse mercado em expansão.

A diversidade de serviços ofertados é enorme, e varia desde a execução de tarefas relativamente simples, como a emissão de extratos bancários e cartões de crédito, até a realização de auditorias fiscais, incluindo ainda a negociação de financiamentos. O uso de tecnologias modernas é um grande atrativo para empresas e pessoas, podendo ser um importante diferencial na hora de contratar uma empresa ou serviço.

Diversas fintechs foram criadas nos últimos anos, mas algumas delas vêm se destacando positivamente no mercado. Um bom exemplo é a Rebel, empresa de crédito pessoal e financiamento on-line, na qual os empréstimos são solicitados de maneira rápida e segura através do site da empresa – Sem complicações de filas de espera e gerente de banco.

Outro exemplo é a NuBank, responsável pela criação de um cartão de crédito livre de anuidade e que permite o gerenciamento de gastos e faturas através de um aplicativo de celular. Tudo é feito eletronicamente, com praticidade e agilidade. Até mesmo a fatura é enviada para o seu e-mail, sem o gasto com postagens, e ainda contribuindo para a diminuição da utilização de recursos naturais com faturas impressas.

Com soluções de tecnologia em finanças voltadas para sites de assinatura e clubes de desconto, a fintech Vindi possui uma carta diversificada de produtos que oferecem a possibilidade de controle de cobranças e faturas, gerenciamento de planos de assinatura, pagamentos de mensalidades, envio de mensagens para clientes inadimplentes, entre outros.

Até mesmo a realização de transferências bancárias para o exterior ficou mais fácil, rápida e barata, através da utilização da plataforma digital Transferwise. No site, é possível verificar a cotação que será aplicada à sua transação e o seu dinheiro é transferido rapidamente, em até 48 horas. E isso sem mencionar as taxas cobradas, que, em geral, são menores do que as praticadas no mercado. Tudo isso à distância de um clique.

O uso dessas novas tecnologias não mudou apenas o modo como as empresas atuam, mas também trouxe autonomia e agilidade em diversas áreas. Facilitou a consulta de preços de mercadorias, a realização de transações bancárias pela internet ou aplicativos, a gestão financeira de orçamento pessoal, permitindo o acesso a notícias em tempo real, e até os investimentos no mercado de ações.

A era da tecnologia permitiu que muitas transações financeiras fossem feitas a partir do smartphone.

A bolsa de valores, antes uma sala barulhenta e agitada, agora opera em um ambiente silencioso, repleto de monitores com números e gráficos coloridos. A criação de plataformas que permitem o investimento em ações do conforto da sua casa, sem a necessidade de um operador, democratizou o mercado de ações e, hoje em dia, algumas pessoas vivem da compra e venda de ações, necessitando apenas de um computador com acesso à internet para isso.

Uma das vantagens do uso da tecnologia em finanças no mercado de ações foi a realização de análises mais detalhadas e a identificação de tendências do mercado financeiro. Isso fez com que as tomadas de decisão, que eram baseadas em subjetividade e intuição, passassem a ser tomadas de forma mais assertiva, eficiente e com maior chance de sucesso.

Mas esses são exemplos de empresas que já nasceram digitais. O grande desafio agora será para as instituições financeiras convencionais, como é o caso dos bancos. Será necessário que essas instituições financeiras se adaptem a essa nova realidade e implementem serviços e soluções digitais que tragam benefícios não apenas aos seus clientes, mas também ao negócio propriamente dito.

Os bancos possuem o capital para a realização de tais investimentos. Estudos mostram que as aplicações voltadas para a tecnologia, nos últimos anos, foram significativas. Apesar disso, estima-se que somente cerca de 1% do dinheiro dos bancos americanos tenha sido investido em tecnologia digital.

Essa pequena parcela de investimento deixa ainda uma margem grande para novos e promissores negócios. Mesmo com cautela, os bancos precisam investir em tecnologia para tornar a vida de seus clientes mais fácil. Sem isso, eles correm o risco de perderem clientes para as fintechs. E lidar com instituições financeiras convencionais não é algo que a maioria das pessoas goste de fazer. Algumas pessoas estão dispostas até mesmo a pagar mais caro por alguns serviços para conseguirem realizá-los no conforto de sua casa.

O avanço tecnológico possibilitou a democratização da informação e o gerenciamento de informações e empresas de qualquer lugar do planeta.

O grande desafio agora é como os bancos farão para se adaptarem a essa nova realidade, de forma a se manterem fortes no mercado e ainda atraírem novos clientes. Não basta apenas oferecer as melhores taxas do mercado, ou mesmo os produtos com maior rentabilidade. Será preciso oferecer também facilidades para a realização de transações financeiras.

Para auxiliar nessa tarefa, essas instituições possuem muitas ferramentas disponíveis, sendo, inclusive, consideradas essenciais para o sucesso da mudança. A mais comum delas é o armazenamento de informações em Cloud, aumentando exponencialmente a capacidade de qualquer empresa armazenar os mais diversos tipos de informações e acessá-las de forma rápida e segura. Tudo isso sem precisar gerenciar arquivos físicos e montanhas de papel.

Outra ferramenta extremamente importante nos dias atuais – nos tempos de redes sociais, em que as pessoas comentam e fazem post a respeito de praticamente tudo o que acontece nas suas vidas – é ter a capacidade de conhecer o que tem sido divulgado. A repercussão que isso tem para as empresas é muito importante. Ferramentas que realizam essas análises devem ser implementadas e monitoradas constantemente, permitindo às instituições interagirem de forma mais próxima do público.

A aplicação dos blockchains para a verificação e validação de diversas transações financeiras também cresceu muito. Com a descentralização da verificação de transações financeiras, o seu uso confere maior segurança para as transações realizadas de forma eletrônica. Essa tecnologia é muito utilizada no processo de compra e venda de moedas virtuais, como o Bitcoin.

Muitas empresas optaram pela implementação da chamada inteligência artificial em seus canais de atendimento ao consumidor e ouvidoria, auxiliando, por exemplo, no reconhecimento de voz e no direcionamento de chamadas telefônicas.

Entretanto, a implementação dessas novas tecnologias em finanças não é tarefa fácil, e o caminho que parece mais simples nem sempre é o melhor a ser seguido. A transição do analógico para o digital deve ser feita sempre com o auxílio de consultores especializados na área de tecnologia. A estratégia de mudança deverá ser discutida com as empresas especializadas e a automatização deverá ocorrer de forma gradual, diminuindo a possibilidade de erros e oferecendo tempo para que todos os colaboradores se adaptem à nova realidade.

De olho nas empresas que empregam essas tecnologias em finanças, a automação de muitas tarefas permite aos funcionários dispor de mais tempo para se envolver com outras tarefas, até mesmo as mais criativas, conectando diferentes partes da empresa, além de investir em capacitação e no lançamento de novos serviços para os clientes.

As vantagens da implantação de tecnologia em finanças são evidentes, e as empresas que levarem mais tempo para se adaptarem a essa nova realidade correm o risco de ficar para trás. Entretanto, com tanta inovação no mercado, é preciso ficar atento na hora de escolher um serviço ou uma empresa para te auxiliar a gerenciar o seu dinheiro e seus futuros investimentos. Pesquisar e ouvir colegas que já tenham essa experiência é essencial.

E você, tem alguma experiência com fintechs? Deixe o seu comentário abaixo.



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