Como viajar sem gastar com hospedagem?
Se você pensa que não é possível viajar sem gastar com hospedagem, com certeza vai se surpreender ao descobrir que existem várias maneiras disso acontecer. Aliás, muitos viajantes têm adotado esse caminho durante sua estadia pelo Brasil e pelo mundo.
Cada uma dessas possibilidades tem o intuito de oferecer ao hóspede uma experiência diferente e peculiar. O que se busca nessa alternativa não é apenas economizar o valor que seria gasto com a acomodação, mas também a chance de estar inserido em um ambiente nativo.
Assim como a troca de conhecimentos culturais, o convívio com outro idioma (no caso de viagens ao exterior) e a oportunidade de fazer novas amizades, são as maiores vantagens. Tudo com a segurança necessária para que nenhuma surpresa atrapalhe as férias.
Diante de tantas alternativas, é hora de conhecer então como viajar sem gastar com hospedagem. Fique atento às dicas, escolha a maneira que melhor se encaixa com o seu perfil e comece a arrumar as malas para uma experiência única.
1.Casa de locais
Quem viaja bastante sabe que existem pessoas pelo mundo que adoram receber viajantes em suas casas. E isso vai justamente de encontro ao que foi citado com relação ao intercâmbio cultural. Grande parte das vezes, quem hospeda também é um viajante nato e que busca o mesmo tipo de acomodação.
Encontrar esse tipo de hospedagem gratuita ficou bem mais fácil desde a popularização da internet, redes sociais e aplicativos para celular.
Couchsurfing
O Couchsurfing é uma das alternativas mais antigas de viajar sem gastar com hospedagem. Trata-se de uma espécie de rede social colaborativa, em que pessoas oferecem um espaço em sua casa para receber viajantes com o intuito de interagir-se culturalmente.
E acredite! Há quem já viajou para dezenas de países somente nesse esquema. Afinal, a hospedagem pode ser o quesito mais caro de uma viagem, já que é mais comum encontrar passagens aéreas com promoção.
A palavra couchsurfing tem significado literal de “surfista de sofá”. Quando essa ideia surgiu, a hospedagem oferecida era mesmo em um sofá. Hoje, há anfitriões que concedem outros tipos de acomodações para dormir. Mesmo assim, o interessado deve estar ciente que poderá não encontrar muito conforto.
Quem não pode abrir a casa para hospedar um turista, tem a chance de disponibilizar seu tempo para mostrar a cidade e oferecer informações sobre o lugar, por exemplo.
A comunidade apoia 4 milhões de viajantes e 400 mil anfitriões todos os anos. Para participar é só criar um perfil no site oficial e começar a procurar por esses anfitriões em seu destino.
Servas
O Servas é uma opção mais restrita se comparada ao Couchsurfing. A comunidade baseia-se na segurança como prioridade através de um público mais selecionado. Os interessados devem passar por um processo de entrevista obrigatória e se encaixar em alguns pré-requisitos.
Fazer parte do Servas leva um certo tempo. Antes de tudo, é necessário entrar em contato com os responsáveis pelo processo seletivo através do site. É preciso também uma comprovação de endereço.
Airbnb
Mas o Airbnb não é pago? Sim e não. E se a ideia é viajar sem gastar com hospedagem, você aprenderá agora como fazer isso através dessa que também é uma plataforma colaborativa de viagem.
Quando uma pessoa decide se cadastrar no Airbnb como viajante, ela pode fazê-lo através de um convite enviado por um amigo que já se hospedou pela plataforma. Esse convite dá ao principiante um crédito de R$130 na primeira reserva.
Depois que você usufruiu da primeira estadia pelo Airbnb, está apto a oferecer esse mesmo cupom de desconto para amigos. Assim que eles fizerem a primeira reserva, você receberá de cada um R$65 de créditos para viagem.
Esse valor que se acumula com o tempo servirá para bancar sua próxima viagem. Nesse caso, o usuário pode escolher um quarto inteiro e até mesmo um apartamento inteiro, ideal para casais e famílias.
WarmShowers
Vale citar ainda uma comunidade chamada WarmShowers, que possui a mesma filosofia do Couchsurfing. No entanto, ela é focada em viajantes de bicicleta.
A plataforma já conta com mais de 118 mil membros e 72 mil anfitriões. Ela está presente em 161 países de 17 línguas diferentes. Se pedalar pelo mundo é sua praia, não deixe de conhecer essa alternativa.
2.House sitting
A tradução para house sitting é “cuidador de casas”. O que significa que o viajante pode trocar atividades domésticas diárias por estadias. Esse tipo de permuta é comum no exterior e ainda não se popularizou no Brasil.
Há estudantes de idiomas que utilizam bastante essa possibilidade de hospedagem em países europeus, como a Irlanda. Por lá, o aluguel é o item mais pesado no custo de vida. E poder economizar essa quantia para viver em um ambiente nativo, com certo conforto, tem sido uma alternativa inteligente.
As tarefas domésticas são simples, como cuidar da horta no quintal, cortar grama, regar plantas, limpar piscina, lavar a louça e cuidar do animal de estimação quando os donos estão ausentes. Até mesmo tomar conta de toda a residência para os proprietários viajarem é algo possível.
Existem algumas plataformas que oferecem esse tipo de oportunidade de viajar sem gastar com hospedagem. Entre elas está o Trusted House Sitters, o mais popular e com a maior oferta de vagas. A comunidade tem como missão conectar tanto os proprietários de casas quanto os de animais de estimação com quem busca trocar seus serviços por acomodação.
Outros sites que oferecem os serviços de house sitting são: House Carers, Luxury House Sitting, Mind My House e House Sit Match.
3.Trocar hospedagem por trabalho
Se no tópico anterior a hospedagem gratuita sugere que o viajante faça serviços mais esporádicos, aqui a pessoa interessada deve mesmo colocar a mão na massa. Trata-se de uma espécie de trabalho voluntário.
É uma opção mais indicada para quem deseja morar por um tempo em uma determinada cidade ou país. O expediente se tornou clássico em hostels pelo mundo. Ou seja, você trabalha e mora no local enquanto durar a experiência.
O trabalho pode ser na recepção, no bar, em organização de festas, limpeza, manutenção das mídias sociais do hostel, entre outros.
Essa é uma das melhores maneiras de conhecer gente de todo o planeta e aperfeiçoar alguns idiomas, principalmente o inglês e espanhol. Até mesmo aprender algumas palavras em outras línguas.
Sem contar que pode servir como uma porta de entrada para quem deseja encontrar um trabalho no exterior e fixar residência.
Worldpackers
Um dos sites mais populares nesse estilo que envolve troca de hospedagem por trabalho é o brasileiro Worldpackers. Ele disponibiliza assistência particular para cada colaborador no mundo inteiro.
De acordo com Ricardo Lima, um de seus criadores, a ideia inicial é que o interessado colabore de 20 a 24 horas semanais com o hostel. Além da hospedagem, comida e até um dinheiro extra podem ser oferecidos pelo estabelecimento.
O site abriga cerca de 2 mil voluntários e 230 hostels em 73 países. Há opções para quem queira trabalhar com fotografia, marketing digital, decoração e até como professor de idiomas. Bem como vagas em projetos ecológicos e de impacto social.
O Worldpackers cobra uma taxa por cada trabalho adquirido. Assim, é mais indicado para quem deseja ficar um longo prazo no local.
Workaway e HelpX
O Workaway conecta mais de 30 mil anfitriões entre pessoas e organizações em 185 países. Ele engloba não só quem busca trabalho em hostels como quem procura outras formas de voluntariado, como intercâmbios familiares, trabalhos em fazendas e aulas em comunidades carentes.
A plataforma é mais indicada para quem não pretende fixar endereço em apenas um lugar, já que é cobrado uma taxa anual por pessoa. Trata-se também de um site sem assistência particular e que funciona de maneira independente. Indicado para viajantes mais experientes.
O HelpX é mais uma alternativa de viajar sem gastar com hospedagem através de trabalho voluntário. Suas características são similares as do Workaway.
4.Fazenda orgânica
Ótima oportunidade para quem deseja aliar viagem, intercâmbio cultural e aprendizado no ramo orgânico. E sem deixar de lado a chance do contato diário com a natureza, alimentação saudável e o sossego de viver em uma fazenda.
O site pioneiro nesse conceito é o WWOOF (World Wide Opportunities on Organic Farms), parte de um movimento mundial que liga voluntários a agricultores e produtores orgânicos. O programa visa promover experiências culturais e educacionais baseadas na confiança e no intercâmbio não monetário, com a ideia de construir uma comunidade global sustentável.
O WWOOF cobra uma pequena taxa anual dos interessados em trocar seus serviços por trabalho rural e enriquecer seus conhecimentos sobre o assunto. O tempo da permuta é flexível.
5.Acampar
Essa possibilidade de viajar sem gastar com hospedagem é mais antiga e de conhecimento geral. Muito indicada para os mais aventureiros ou àqueles que fazem desse tipo de alternativa um estilo de vida.
É possível encontrar áreas gratuitas para montar um acampamento durante uma viagem. Ou espaços com boa infraestrutura que cobram valores simbólicos. Há quem disponibiliza o quintal de casa para os viajantes acamparem.
Pelo FreeCampSites, você pode encontrar campings gratuitos pelo mundo todo através de um simples motor de busca baseado em mapas. O iOverlander é a melhor ferramenta para encontrar campings nas Américas e África. Enquanto o iCampsites mostra os acampamentos mais próximos na Europa.
Por outro lado, o CampInMyGarden é uma comunidade onde pessoas oferecem o seu jardim para acomodar a barraca. Essa opção cobra uma pequena diária.
6.Transportes noturnos
E já que o assunto é hospedagem aos mais aventureiros, que tal aproveitar para se deslocar a noite durante um mochilão? Essa prática é mais comum que possa parecer, principalmente na Europa, quando os viajantes vão de um lado para o outro de ônibus ou trem pela madrugada.
Através dessa alternativa economiza-se o valor de uma diária em um hotel ou hostel. Ao chegar ao destino, é só aproveitar o dia para desbravar os pontos de interesse. Além da economia, se ganha tempo útil no passeio.
É claro que não se trata de uma opção para todo o mochilão. É somente para os dias em que o viajante irá se deslocar de um ponto ao outro.
7.Templos religiosos
Dormir sem custo algum em templos que recebem peregrinos é uma atitude normal nos países asiáticos. Há lugares assim que recebem pessoas de qualquer crença e ainda chegam a oferecer alimentação gratuita ou por um preço de custo.
Para cogitar esse tipo de estadia, o viajante terá que contar com uma mente bastante aberta e estar disposto a absorver um novo tipo de experiência. Afinal de contas, lugares assim possuem regras quanto a horário, comportamento, alimentação (vegetariana), entre outras.
Templos budistas, Sikh, Hare Krishna e algumas outras religiões asiáticas são exemplos de instituições que ajudam a colocar em prática seu plano de viajar sem gastar com hospedagem por aquele continente. Seus dormitórios são simples, no entanto, silenciosos e organizados.
Os templos funcionam através de doações, mas não sugerem que o hóspede deva pagar algo. Para encontrar locais com essas características no seu país de destino, a dica é pesquisar em site como Booking Monastery e o Monastery Stays.
Agora que você já sabe que é possível viajar sem gastar com hospedagem, nada mais apropriado que começar a preparar suas próximas férias pensando nessa hipótese. Se isso acontecer, conte para gente como foi a experiência.
Caso já tenha participado de alguma dessas alternativas, ou seja um viajante acostumado a se hospedar de graça, compartilhe aqui seus comentários. Isso ajudará muito os marinheiros de primeira viagem.
Empréstimo com a Rebel
Você ainda acha que não consegue realizar o sonho de sua viagem mesmo com todas essas dicas relacionadas a economia de hospedagem? O valor da passagem continua a incomodar? Então considere a alternativa de um empréstimo com taxas baixas.
É assim que a Rebel tem tornado realidade o desejo de muitos viajantes pelo Brasil. Além das taxas serem de pequeno valor, elas são personalizadas para o perfil de crédito de cada cliente. Com a Rebel, seu crédito pessoal é rápido, fácil e sem garantias.
Gostou das nossas dicas? Não deixe de compartilhar este artigo em suas redes sociais, talvez seus amigos também estejam interessados em saber mais sobre como viajar sem gastar com hospedagem!