“Atenção! Preste muita atenção! Você deve apontar a câmera do seu celular para o canto da tela da TV. Abra o link imediatamente e ganhe 10% de desconto na primeira compra. Faça isso agora”.
Se leu com a voz do Big Fone na cabeça, o medo é real. O Big Boss não pediu para ninguém escanear o código que, discretamente, aparece quase todos os dias aos olhos de quem é viciado em reality show. Talvez fique para a próxima edição, quem sabe. 🤔
Mas não é só na casa mais vigiada do Brasil que o QR Code rouba a cena. O boom dele foi em 2011, quando ainda existia Orkut e enviar SMS era mais comum do que fazer selfie. Porém, de três anos pra cá, ele tem sido frequente na rotina das pessoas. Tanto que a aparição mais natural é em comercial e programas de televisão.
E se antes ele era usado para facilitar o caminho do consumidor para chegar até um site, agora é possível:
- baixar apps
- abrir vídeos e documentos
- ganhar cupons imperdíveis
- gerar um boleto
- zerar taxas de cobrança
- fazer pagamento ou transferência via Pix
- interagir em redes sociais
- assistir exposições
- cortar cabelo (dá pra acreditar?)
O que é QR Code?
Visto como um quadrado com outros quadradinhos dentro, o QR Code nada mais é do que uma matriz de pixels. Esses pontos espalhados concentram informações para facilitar o caminho de acesso a um documento, site, foto, download, entre tantas opções. Na parte técnica, ele também é conhecido como código de barras 2D (bidimensional). Já no dia a dia, é mais um vício tecnológico.
Como surgiu o QR Code?
Quem vê essa febre do QR Code no Big Brother Brasil, em cartões de visita, propagandas, comunicados ou foco para converter em venda, nem desconfia que ele existe desde 1994. O projeto foi desenvolvido por Masahiro Hara, que na época trabalhava na Denso Wave pela Toyota. A ideia era facilitar o processo de controle de estoque e monitorar os veículos. Porém, a forma como conhecemos hoje só foi revista em 1999 e aprovada em 2000. De lá pra cá, não parou mais.
Marquei um Pix, um Pix, um Pix no seu coração
Desde 16 de novembro do ano passado, o Pix marca o coração de quem está cansado de pagar taxa ou pegar fila para fazer DOC e TED. Esta nova forma de pagamento sem custo funciona quando você cria uma chave de acesso pelo app do seu banco. Pode ser:
- número do telefone
- CPF ou CNPJ
- e até uma chave aleatória
Para pagar ou transferir o dinheiro é só usar QR Code; agência e conta; chave; ou copia e cola o número gerado. Mais rápido que um Pix é escanear o QR Code.
Esse tal de desconto imperdível é bom mesmo?
Na maior parte das vezes o desconto é válido quando é a sua primeira compra. Você baixa o app pelo QR Code, preenche os dados e finaliza tudo sem burocracia. Só tome cuidado com as letras miúdas. A palavra DESCONTO chama tanta atenção que, às vezes, passa despercebido o quanto é necessário gastar para ganhar a porcentagem anunciada. O golpe tá aí, só não vê quem não quer!
Mas devo me preocupar em apontar o celular para esse código?
Como qualquer um pode criar códigos, é importante ficar alerta antes de apontar a câmera do seu celular para qualquer quadradinho na tela. Se for um código malicioso (vírus), você pode passar seus dados pessoais a um criminoso sem nem saber. Por isso, não saia escaneando o que aparecer na sua frente com a desculpa de desconto imperdível. Abra bem os olhos, investigue, não acredite em tudo que vem pelo WhatsApp, leia a respeito e, na dúvida, pergunte.
Toda tecnologia é bem-vinda quando não deixamos de lado a parte humana do processo.
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