O que são empréstimos com desconto na folha de pagamento?
O empréstimo com desconto em folha, ou empréstimo consignado, se tornou uma das modalidades mais vendidas por bancos e financeiras de todo o país. Isso porque essa operação possui uma série de vantagens, principalmente para funcionários públicos, aposentados e pensionistas.
Uma das facilidades desse tipo de empréstimo é que, como o próprio nome denuncia, as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento do contratante. Por isso, a taxa de endividamento é mais baixa, assim como as taxas de juros, já que o banco possui mais garantias de que o cliente pagará a dívida sem dificuldades.
Qualquer empregado que trabalhe no regime CLT, ou seja, com carteira assinada, pode solicitar o empréstimo com desconto em folha. Não existem grandes restrições nos valores. O que limita o crédito é o salário mensal, já que, pela lei, as parcelas não podem ultrapassar 35% do rendimento líquido mensal.
Como funciona e quem pode solicitar esse empréstimo?
Além de estar trabalhando com carteira assinada, o assalariado deve estar nesse regime a pelo menos seis meses para solicitar a operação. Apesar de o empréstimo com desconto em folha ser mais oferecido para funcionários públicos, aposentados e pensionistas do INSS, empregados de empresas privadas que tenham convênio com o banco do cliente, assim como membros do sindicato da categoria, podem aproveitar esse tipo de empréstimo.
Se a sua empresa tiver convênio, será preciso apenas solicitar o empréstimo com desconto em folha no RH. Nesses casos, uma proposta é encaminhada ao banco e, na maioria das vezes, é aprovada, já que a parceria garante ao banco o acesso à folha de pagamento, o que é necessário para conseguir esse tipo de empréstimo.
Em certos casos, o banco pode rejeitar a proposta enviada pela empresa, caso considere que o cliente não possua boas condições de pagamento. Isso porque as parcelas não podem comprometer mais do que 35% da renda mensal e o valor do empréstimo solicitado não pode ser superior a essa porcentagem.
Depois da aprovação, o valor do empréstimo é depositado na conta corrente e, no mês seguinte, as parcelas passam a ser descontadas na folha de pagamento do trabalhador, no dia combinado com o banco. É importante ter dinheiro em conta na data prevista para não ter problemas.
Quem quiser, também pode recorrer ao empréstimo diretamente no banco, mas as instituições financeiras, muitas vezes, dão preferência aos contratos firmados em parcerias com as empresas e os sindicatos.
Resumindo, se você quer pegar um empréstimo com desconto em folha, procure sua empresa ou seu sindicato para saber como é possível solicitar a operação.
E se houver demissão?
Muitos consumidores têm medo de pegar um empréstimo com desconto em folha é terem problemas se forem demitidos. Nesses casos, mesmo com uma demissão, os riscos de inadimplência são menores, em comparação a outras modalidades de empréstimo.
Pela lei brasileira, ao sair de uma empresa e ter um desconto em folha ainda ativo, será preciso usar até 30% do valor da rescisão do contrato para pagar a dívida. Aliás, isso pode ser feito diretamente pela empresa, que fica ligada ao banco, e o trabalhador já recebe a rescisão com esse desconto.
O risco de demissão acontece mais no caso de empregados de empresas privadas, já que funcionários públicos possuem empregos de maior estabilidade e raramente são demitidos, e aposentados ou pensionistas do INSS também não correm o risco de ter o benefício cancelado pelo Governo Federal.
Caso os 30% da rescisão não sejam o suficiente para quitar a dívida, o restante das parcelas deve ser negociado entre o banco e o funcionário demitido. Nessa situação, a transação já não implica mais em desconto em folha.
O contratante deve pagar os boletos mensalmente e, em caso de complicação, fazer uma renegociação de dívidas com juros já não tão brandos, visto que o banco não tem mais a garantia de um trabalho fixo.
Quem tem nome sujo consegue empréstimo com desconto em folha?
Para negativados conseguirem um empréstimo com desconto em folha pode ser um pouco mais difícil. Mesmo assim, pelo salário ser a principal garantia do pagamento do débito, os bancos acabam liberando o empréstimo para quem tem restrições de crédito.
No caso de aposentados ou pensionistas que estejam com nome sujo, não tem nenhum problema, já que o risco de não pagamento da dívida praticamente não existe. Por isso, não há motivos para o banco negar o crédito.
Se você tem o nome negativado, antes de optar pelo empréstimo, avalie se poderá cumprir com as condições do contrato, se tem plenas condições de assumir essa dívida.
Em alguns casos, após terem as solicitações de empréstimo rejeitadas, pessoas com nome sujo na praça acabam recorrendo a parentes e amigos com nome limpo ou que já estejam aposentados. E é muito perigoso aceitar pegar um empréstimo para outra pessoa. A recomendação é evitar esse tipo de transação.
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