close

Grana

O que é e como funciona o Custo Efetivo Total (CET)?

abril de 2018


timer
Tempo aproximado
de leitura:
4 min



O que é e como funciona o Custo Efetivo Total (CET)?

O Custo Efetivo Total (CET) se refere ao valor total de uma transação, ou seja, contando todas as taxas, tributos, encargos e outras despesas. Esse valor de referência tem bastante importância, principalmente em transações de empréstimos e compras no cartão de crédito.

Além de custos relacionados aos tributos, também existem valores de tarifas e outras despesas acordados em contrato. O CET é o valor que se obtém após a inclusão de todos esses custos, sejam diretos ou indiretos.

Desde 2013, por conta de determinações do Banco Central do Brasil e outros órgãos do setor, os bancos e financeiras têm como obrigação ressaltar o valor do CET, de forma detalhada, em qualquer transação de crédito.

Ou seja, os valores referentes ao Custo Efetivo Total devem ser descritos um a um, de acordo com os percentuais anuais. Além de ter que informar o CET ao cliente na hora da firmação do contrato, as instituições financeiras também devem informar os valores em qualquer solicitação do cliente.

E mais: a lei também determina que os bancos e financeiras devem colocar os valores de referência do Custo Efetivo Total em qualquer propaganda publicitária.

As instituições financeiras devem informar aos clientes os valores do Custo Efetivo Total embutidos em todas as transações.

Para que serve o CET?

O Custo Efetivo Total é muito importante para que os clientes tenham noção de todos os custos que estão embutidos nos mais variados tipos de empréstimo e operações de crédito do mercado brasileiro.

A transparência é o principal benefício do CET, visto que torna mais claras as ofertas e condições que os bancos oferecem aos clientes. O fato de o custo estar determinado em contrato também evita cobranças abusivas futuramente, feitas sem o consentimento ou ciência dos consumidores.

Com base nisso, o cliente pode escolher a melhor proposta de empréstimo ou operação de crédito para a sua necessidade.

Como calcular o CET?

Diferente do que você pode pensar inicialmente, o cálculo do CET não é tão complicado e pode ser ensinado e aplicado por meio de exemplos simples. Como: comerciantes que vendem produtos no valor de R$ 1.000,00, costumam oferecer aos clientes a possibilidade de parcelamento, que pode ser, nesse exemplo, em até 10 vezes sem juros.

Mas, na prática, ao dividir o valor total em 10 vezes, são incluídas taxas, como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), por exemplo.

Por isso, na realidade, os valores das parcelas, mesmo sem juros, acabam tendo um pequeno acréscimo. Quando não possuem esses acréscimos, quem perde é o comerciante.

Em um empréstimo, não se deve apenas calcular os valores das taxas de juros e prazo de pagamento, mas saber a fundo todos os encargos envolvidos na transação.

O cálculo do Custo Efetivo Total deve levar em conta todas as outras tributações. Então, nesse exemplo, o comerciante deve frisar que, devido ao CET, a parcela terá um acréscimo de X% ao mês. Dessa forma, os consumidores não se sentirão enganados, visto que o CET é o valor final de toda e qualquer transação de crédito, financiamento ou empréstimo.

Em outro exemplo relacionado a um empréstimo pessoal, um banco pode oferecer o crédito de R$ 10 mil, para ser pago em três anos (36 meses), com uma taxa de juros de 1,5% ao mês.

Nesse caso, o valor das parcelas sairia por R$ 280,54 ao mês. O valor total pago ao final do empréstimo seria de R$ 16.832,40, ou seja, um aumento de mais de 60% do valor do crédito recebido.

No caso acima, só incluímos as taxas de juros, ou seja, com o CET, a soma final ainda pode ser bem maior. Por isso, não se deve apenas calcular os valores de taxas de juros e prazo de pagamento, mas saber a fundo todos os encargos envolvidos na transação.

Apenas com todas essas informações será possível ter uma noção precisa do Custo Efetivo Total da operação com segurança.

Somente comparar as taxas de juros é suficiente?

Como já dissemos acima, as taxas de juros são apenas parte dos custos incluídos numa operação financeira. Resumindo, não é suficiente comparar taxas de juros para contratar a melhor opção de empréstimo, apesar de esse fator ser importantíssimo.

É comum que os bancos cobrem diferentes tipos de taxa. Muitas vezes, uma instituição cobra juros mais baratos, mas tem encargos mais caros, ou o inverso.

O fato é que, mesmo que uma instituição financeira ofereça crédito a juros menores, o valor do Custo Efetivo Total pode ser maior devido às cobranças de outras taxas e encargos adicionais. Nesses valores, estão inclusos todos os tributos e tarifas utilizados no mercado.

Em resumo: é preciso levar em contar os seguintes fatores para avaliar o Custo Efetivo Total de uma operação:

  • As taxas de juros não são os únicos encargos de um empréstimo ou operação de crédito;
  • Avalie os valores de todos os encargos antes de fechar o contrato;
  • Pesquise! Os bancos e financeiras cobram valores diferentes, tanto de taxas de juros quanto de outros encargos.

É importante frisar que saber como calcular o Custo Efetivo Total de uma transação financeira é essencial, visto que serve como uma ferramenta para os consumidores terem mais assertividade e controle sobre a vida financeira.

Este artigo ajudou a entender o que é o Custo Efetivo Total? Curta e compartilhe nas redes sociais! Também acesse o nosso site e confira mais conteúdos sobre educação financeira.



Leia mais

Grana
timer 8 min

Empréstimo ou financiamento: qual a diferença? E a melhor escolha?

janeiro de 2018
Grana
timer 4 min

Como funciona o cadastro positivo e por que você deve ter um?

fevereiro de 2018
Grana
timer 3 min

O que são juros e quais os principais tipos praticados no mercado financeiro?

março de 2018